Uma semana depois de ser surpreendido pelo Nacional em São Paulo, o Palmeiras voltou a perder para a equipe uruguaia, desta vez em Montevidéu. A derrota por 1 a 0 no estádio Parque Central - um balde de água fria na estreia do técnico Cuca - deixa a equipe brasileira em uma situação delicada na Libertadores. Faltando duas rodadas para o fim da fase de grupos, o Palmeiras está em terceiro, com 4 pontos, atrás de Rosario Central, com 7, e Nacional, com 8. O River Plate do Uruguai ocupa a lanter com 1 ponto. Para conseguir a classificação no Grupo 2, o time paulista precisa de bons resultados contra o Rosario, fora, e o River, em casa.
Cuca, que chegou ao clube fazendo juras de amor e prometendo mudanças, escalou caras novas, como Gabriel (que voltou ao time após sete meses), Arouca e Allione, mas a falta de organização e criação de jogadas foi a mesma dos tempos de Marcelo Oliveira.
O jogo - O Nacional entrou em campo da mesma forma que fez no Allianz Parque, quando venceu por 2 a 1. Foi para o ataque e jogou em cima dos erros individuais e dispostos a arrumar confusão em todo o lance.
De diferente no time de Cuca, a linha de impedimento, que falhou algumas vezes, até pela falta de entrosamento, e também o fato de ter uma variação de tática ao longo da partida, que também não surtiu o efeito esperado. Tanto que o goleiro do Nacional foi aparecer no jogo por volta dos 30 minutos. No banco de reservas, Cuca gritava, gesticulava e tentava entender o motivo de não ver em campo o que foi treinado. No fim do primeiro, os jogadores perceberam que também precisavam mudar a postura. Eles se reuniram no centro do gramado, conversaram e tentaram se entender.
No intervalo, Cuca mandou o time para o ataque. Colocou Gabriel Jesus e Robinho e fez a equipe jogar no 4-3-3. Ao invés de aumentar o poder do ataque, abriu ainda mais o time, tanto que o Nacional se aproveitou e abriu o placar após falhas de posicionamento de Edu Dracena e Zé Roberto, que deixaram Nico López livre para desviar de cabeça.
Em desvantagem, Cuca colocou Barrios no lugar do volante Gabriel e escancarou o time no 4-2-4. O desespero não deu em nada. Aos 45, Alecsandro teve a chance do empate, mas o goleiro pegou. O Nacional se fechou, deixou o Palmeiras se atrapalhar sozinho e ver o sonho da Libertadores ficar um pouco mais longe.
(Com Estadão Conteúdo)
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