A falta de acordo entre os trabalhadores que atuam na segurança de bancos e transporte de valores e as respectivas empresas do setor podem terminar em greve da categoria. Ao final de seis rodadas de negociação, não houve entendimento entre as partes sobre o reajuste salarial e outros benefícios. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) convocou uma mesa de negociação, ainda sem data divulgada, para tentar um acordo e evitar a paralisação dos trabalhadores.
Experiências anteriores mostraram que a greve da categoria atinge o dia-a-dia da população. Sem a presença deles, os bancos não podem abrir, conforme determina lei federal. Além disso, o abastecimento de dinheiro nos caixas eletrônicos também fica comprometido. O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Campo Grande e região, Celso Adriano Gomes Rocha, explica que o movimento grevista já começa a ser organizado, mas que não é a vontade da categoria. “É que em caso de as negociações fracassarem, a paralisação é tudo o que nos resta.
Mas, não é o que queremos. Ainda buscamos um acordo”, diz. O sindicato representa Campo Grande e outras 46 cidades de Mato Grosso do Sul, totalizando 2,4 mil trabalhadores filiados. Na Capital, a proposta apresentada pelas empresas já foi rejeitada em assembleias realizadas com trabalhadores de empresas como Protege, Prossegur, Brink's e Cifra. As assembleias também estão sendo realizadas no interior do Estado. Conforme o sindicalista, está em negociação a convenção 2016/2017 da categoria.
Os trabalhadores pedem 17% de reajuste salarial, quando as empresas só oferecem 11,08%. Outro impasse diz respeito à assistência em saúde. Os vigilantes pedem o valor mensal de R$ 110,00 contra a proposta das empresas de R$ 84,00. Também não há acordo quanto à alimentação diária. O valor pretendido pelos trabalhadores é de R$ 26,00. Os empregadores oferecem R$ 19,20. O salário base de um trabalhador do setor é de R$ 1,070.20, com direito a acréscimo de 30% deste valor a título de adicional de risco de vida.
Outro lado – As empresas confirmaram terem sido chamadas pelo Ministério do Trabalho para a negociação e devem comparecer. Também foi informado que as negociações ainda estão em andamento e que, por isso, não pretendem comentar os pontos da proposta patronal, apenas na mesa de negociação.
(Fonte: Diariodigital)
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