O líder do DEM na Câmara dos Deputados, Pauderney Avelino (AM), anunciou nesta sexta-feira que protocolou junto ao Ministério Público do Distrito Federal uma representação contra a presidente Dilma Rousseff por improbidade administrativa. O deputado alega que a presidente da República está "instrumentalizando" órgãos de Estado por promover "comícios" em sua defesa dentro do Palácio do Planalto.
Avelino afirma que Dilma tem feito "atos sistemáticos" dentro do prédio da Presidência da República. "O que vemos é que são atos políticos, que lembram campanha eleitoral e atos de comício", afirmou.
Outro a denunciar Dilma na Procuradoria Geral da União (PGR) foi o vice-líder da Minoria, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que acusa a petista de crime de prevaricação. A denúncia se refere ainda ao episódio da nomeação a um cargo de ministro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Manifestações - Sobre as manifestações pró-governo realizadas ontem em todo o País, Avelino avaliou que os protestos foram "um fiasco" e que Dilma e o PT se esforçam para mostrar um apoio popular que não existe, uma vez que os manifestantes teriam supostamente participado dos eventos com estímulo financeiro.
"Não existe mais militância espontânea no PT e mesmo assim não conseguiram levar tanta gente", comentou. Para o líder do DEM, Dilma perdeu a confiança popular e as pessoas estão insatisfeitas com o governo.
Avelino chamou as negociações para composição do governo de "balcão de negócios". "É uma situação vergonhosa, vexatória, todos envolvidos em balcão de negócios, trocando cargos e verbas por votos (contra o impeachment) na Câmara", atacou.
O prazo para a entrega da defesa de Dilma se encerra na próxima segunda-feira, dia 4, e o deputado espera que no dia 15 o plenário tenha condições de votar o impeachment. "A presidente feriu sim a lei orçamentária, feriu sim a LRF", insistiu o deputado, acusando a petista de cometer "fraude fiscal".
(Com Estadão Conteúdo)
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