Em meio ao embate entre o PMDB e o governo da presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente da República, Michel Temer, se licenciou nesta terça-feira da presidência nacional da legenda. A estratégia é abrir caminho para que o partido possa elevar o tom contra ataques do ex-presidente Lula, por exemplo, que nos últimos dias criticou o PMDB por 'patrocinar o impeachment' e disse que Temer deveria disputar uma eleição se quisesse assumir o Palácio do Planalto. Ao mesmo tempo, o afastamento temporário de Temer do comando da agremiação tenta livrar o vice de confrontos diretos contra defensores da presidente Dilma no Congresso. Com a licença de Temer, o senador Romero Jucá (RR) assume a presidência da sigla para poder fazer uma crítica "mais livre e diversa" à postura do ex-aliado.
"A licença retira o presidente Michel Temer da tentativa de alguns setores de trazê-lo para uma briga de rua, para um desgaste, para um debate inócuo e muitas vezes irresponsável. Temer não vai participar desse jogo mas ao mesmo tempo o PMDB dará as respostas necessárias, com a clareza e a firmeza necessárias a qualquer tipo de provocação", disse o senador.
Há uma semana, em votação relâmpago, o PMDB decidiu deixar a base de sustentação do governo Dilma. Na ocasião, Jucá foi um dos peemedebistas mais enfáticos no apoio à saída dos peemedebistas do governo. Ele defende a expulsão dos quadros do partido que insistem em ficar alinhados ao Palácio do Planalto e a devolução de todos os cargos ocupados por indicados do partido.
A despeito da posição do diretório nacional do PMDB de desembarcar oficialmente do governo, ministros peemedebistas como Kátia Abreu (Agricultura), Helder Barbalho (Portos) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) insistem em continuar no Executivo.
(Fonte: Veja.com)
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