A comissão especial de impeachment da presidente Dilma Rousseff já tem três votos em separado, alternativos ao do relator Jovair Arantes (PTB-GO), que se manifestou favorável ao avanço do processo. Todos pretendem barrar a denúncia por crime de responsabilidade contra Dilma, apesar de parlamentares da liderança do governo Dilma já terem admitido que a expectativa do Palácio do Planalto é de derrota na comissão. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que vota em separado porque o impeachment "não tem justa causa".
O petista criticou a debandada do PMDB da base do governo, liderada pelo vice-presidente Michel Temer: "Temer se apressou e com seu staff, Eliseu Padilha e Moreira Franco, apresentou um programa que não ganharia a eleição, coligado a forças derrotadas". O Líder do PDT, Weverton Rocha (MA), reproduz o argumento palaciano do "golpe de Estado" e diz que as acusações são "desprovidas de gravidade extrema, incapazes de atingir os alicerces centrais da ordem jurídica democrática" e "poderiam resultar em abalos à estabilidade institucional". O terceiro relatório alternativo é do PSOL. O partido acusa o processo contra Dilma tem "defeitos congênitos" e repete um discurso oficial da defesa dilmista, que alega "vingança" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é réu na Operação Lava Jato e responde a processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
(Fonte: Veja.com)
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