Terceira colocada nas eleições de 2014 e defensora de que a crise política atual seja definida com uma nova ida dos eleitores às urnas, a ex-senadora Marina Silva atacou nesta segunda-feira PT e PMDB, partidos, segundo ela, responsáveis pelo atual cenário de desalento político e disse que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff "não alcança ainda a finalidade de resolver a grave crise política, econômica, social e ambiental em curso".
A Rede Sustentabilidade, partido criado por Marina Silva, se posicionou a favor do seguimento do ato de impeachment da presidente petista, embora deputados da legenda, como Alessandro Molon (RJ) tenham votado neste domingo contra a admissibilidade do processo. "Há clareza na sociedade de que o partido do vice-presidente Temer é tão responsável pela crise política, ética e econômica quanto o partido da presidente Dilma", disse Marina, que também defendeu a saída dos peemedebistas Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados e de Renan Calheiros da presidência do Senado. Os dois são citados como beneficiários de propina do escândalo do petrolão.
"Lideranças políticas do Brasil estão envolvidas em corrupção e querem usar o poder para se esconder das denúncias da operação Lava Jato. Embora hoje se digladiem, há bem pouco tempo boa parte desses envolvidos estavam juntos e gestaram o caos atual, pela corrupção, pela incompetência, pelas artimanhas políticas. PT e PMDB são faces de uma mesma moeda, são complementares na sua determinação de manter de pé a política ultrapassada e corrosiva", opinou a ex-senadora.
Mais uma vez, Marina Silva defendeu que que sejam convocadas novas eleições e que o desfecho para o destino da dupla Dilma Rousseff e Michel Temer seja arbitrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde tramitam ações de impugnação da candidatura que podem levar à derrubada da chapa vencedora das eleições de 2014. "A Rede Sustentabilidade confia que o Tribunal Superior Eleitoral julgará com a celeridade possível as denúncias de fraude eleitoral da chapa Dilma/Temer nas eleições de 2014, devolvendo à sociedade o poder de decidir o futuro do país", argumentou a ex-candidata em nota.
"A população tem o direito de dar a palavra final, agora sabendo de tudo o que ficou oculto em 2014, e escolher um novo governo para coordenar os imensos esforços que o Brasil terá de fazer para tirar o país da crise", concluiu.
(Fonte: Veja.com)
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