O presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou nesta sexta-feira em Doha a criação de um comitê para supervisionar as condições trabalhistas nos estádios que acolherão as partidas da Copa do Mundo de 2022. Em entrevista coletiva, Infantino explicou que o novo órgão de controle será dirigido pela Fifa e estará composto por "membros independentes e pelos principais interessados em supervisionar todas as competições da Fifa".
No final de março, a Anistia Internacional (AI) divulgou um relatório acusando a Fifa, seus patrocinadores e as construtoras responsáveis pelas obras do evento de exploração massiva e indevida dos trabalhadores imigrantes que contribuem para a preparação do evento. "Nos últimos dias tive a oportunidade de testemunhar de perto as obras e tenho certeza que estamos no caminho certo", disse Infantino.
O alerta da AI, intitulado "Catar: a Copa da vergonha", denunciou que os operários responsáveis pelas obras e construções - principalmente do Estádio Internacional Khalifa, a maior e principal obra esportiva para a Copa do Mundo de 2022, - carecem de permissões para entrar ou sair do país ou para mudar de empresa ou empregador, ao mesmo tempo que têm seus passaportes confiscados e recebem um salário baixo (às vezes ficam meses sem receber), de acordo com a apuração do órgão humanitário.
Infantino, eleito em fevereiro para substituir Joseph Blatter, chegou a visitar nesta quinta-feira as instalações do Estádio Khalifa e também se reuniu com o primeiro-ministro, Abdullah bin Nasr al Zan, alguns organizadores do Mundial do Catar e o presidente da Associação de Futebol do Catar , Hamad Bin Khalifa Bin Ahmad Al Thani.
(Com Agência EFE)
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