O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, que há anos vem emprestando dinheiro ao clube, novamente precisou abrir a própria carteira para aliviar as contas palmeirenses. Insatisfeita com algumas cláusulas do contrato de parceria, a patrocinadora Crefisa parou de pagar o clube há três meses, o que fez com que o dirigente depositasse cerca de 20 milhões de reais em 2016 para manter a agremiação no azul.
Desde fevereiro, a Crefisa decidiu parar de pagar os 6,5 milhões de reais mensais ao Palmeiras - o maior contrato de patrocínio do país - até que um novo acordo, com novos aditivos, seja assinado. Os dois lados asseguram que o acerto está muito próximo, mas a diretoria do clube ainda não entregou o novo contrato assinado, algo que deve ocorrer nos próximos dias. Enquanto a questão não é solucionada, Paulo Nobre cobre as dívidas com sua própria fortuna. O dirigente de 48 anos é advogado de formação, ex-piloto de rali e dono de um fundo de investimentos.
Desde 2013, Nobre já emprestou mais de 150 milhões de reais para o clube que preside. Em setembro de 2014, o Conselho Deliberativo do Palmeiras aprovou o pagamento do empréstimo do dirigente, que desde maio do ano passado passou a receber 10% da receita do clube, para abater os débitos. Atualmente, o balanço do clube estima que a dívida com o mandatário esteja em torno dos 93 milhões de reais.
Alguns membros do Conselho de Orientação Fiscal do Palmeiras pela primeira vez se mostraram contrários aos empréstimos do dirigente e reclamaram que se o futebol não fosse algo tão caro no clube, seria possível caminhar com as próprias pernas mesmo com o atraso da patrocinadora.
Como o elenco ainda deve sofrer mais mudanças, a tendência é que mais investimentos sejam feitos no futebol, apesar das reclamações. Recentemente, o clube acertou as chegadas do zagueiro colombiano Yerry Mina, do Independiente Santa Fe, e do meia/lateral Tchê Tchê, do Audax, e deve contratar mais jogadores para a disputa do Campeonato Brasileiro.
(com Estadão Conteúdo)
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