O presidente do Grêmio Romildo Bolzan arrumou uma grande dor de cabeça graças a uma declaração exagerada. Feliz com uma atuação do time no Campeonato Gaúcho, disse há duas semanas que sua equipe tinha condições de fazer "quatro ou cinco" no Rosario Central, campeão argentino, nas oitavas de final da Libertadores. Nesta quinta-feira, logo após a eliminação do Grêmio com uma derrota por 3 a 0 (4 a 0 no placar agregado, somando o jogo de ida), Bolzan tentou se explicar e disse que sua frase foi descontextualizada.
"Eu disse aquilo dentro de um contexto, do jogo contra o Juventude, em que jogamos bem. Se serviu de apoio (para o Rosario), o erro foi meu. Eu sei que essas coisas são usadas no futebol e podem dar uma motivação maior, mas não em dois jogos", afirmou o presidente gremista, à Rádio Guaíba. Antes da partida, já havia pedido desculpas aos argentinos às rádios locais.
A frase controversa foi dita depois da vitória por 3 a 1 sobre o Juventude, que eliminou o Grêmio na semifinal do Estadual - a equipe de Caxias havia vencido o jogo de ida por 2 a 0. "Se jogarmos como hoje, podemos fazer quatro, cinco no Rosário. Assim como fizemos quatro na LDU, quando criamos chances claras", disse Bolzan na ocasião.
Obviamente, sua fala ecoou no país vizinho. O diário Olé, grande entusiasta da rivalidade entre brasileiros e argentinos noticiou a declaração com destaque. O atacante Germán Herrera, que atuou pelo Grêmio em duas passagens e hoje atua no Rosario Central, admitiu que a declaração motivou o adversário. "Essas coisas sempre chegam, né? Foi uma infelicidade falar isso". Ao deixar a Argentina, Bolzan admitiu que o Rosario Central foi superior ao Grêmio nas duas partidas e disse que buscará qualificar o plantel. "Estamos fazendo avaliações."
(com Gazeta Press)
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