O presidente interino Michel Temer (PMDB) disse nesta segunda-feira que vai manter a tradição de escolher o primeiro nome da lista tríplice da categoria para a Procuradoria-Geral da República. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, lembrou que a Constituição libera o presidente para nomear aquele que preferir, não necessariamente o mais votado pelos membros do Ministério Público Federal - prática adotada nos governos do PT.
O ministro da Justiça também afirmou que há garantias de autonomia do MP, já que o procurador-geral da República só pode ser destituído a pedido do presidente com aprovação de maioria absoluta do Senado - e que o poder da instituição não pode ser absoluto.
Temer informou, por meio de sua assessoria, que só escolherá o procurador-geral da República caso a presidente Dilma Rousseff (PT) seja definitivamente afastada do cargo pelo Senado. O mandato do atual procurador-geral, Rodrigo Janot, termina em 2017 e o processo de impeachment de Dilma no Senado acaba em até 180 dias.
(Com Estadão Conteúdo)
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