Dois suspeitos de envolvimento com estupro coletivo da adolescente C. B., de 16 anos, no Rio, foram presos pela Polícia Civil nesta segunda-feira. São eles: Lucas Pedorno, de 20 anos, e Raí Souza, de 18 anos. O primeiro é jogador profissional do Boa Vista, time da terceira divisão do futebol carioca. Os dois foram levados à Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte do Rio.
Em depoimento prestado na sexta-feira, Pedorno admitiu ter um relacionamento com a jovem, mas disse que na noite do crime dormiu com outra mulher. Já Souza teria dito que, no dia, praticou sexo "consentido" com a jovem após um baile funk.
Além de Lucas e Raí, também foram decretadas as prisões de Marcelo Miranda da Cruz Correa, de 18 anos, e Michel Brazil da Silva, 20 anos, suspeitos de divulgarem as imagens da vítima na internet; Raphael Duarte Belo, de 41 anos, que aparece em uma foto fazendo selfie com a jovem estirada na cama; e o gerente do tráfico do Morro da Barão, Sérgio Luiz da Silva Junior, o Da Rússia. Os quatro são considerados foragidos da Justiça.
Nesta segunda-feira, a delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), afirmou, com base nas imagens divulgadas, "está provado" o crime de estupro, restando descobrir conhecer a extensão do crime e saber quantos o cometeram.
Segundo a lei nº 12.015, de 2009, o crime de estupro consiste em "constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso". Ou seja, não é preciso que haja a consumação do ato para o caso ser enquadrado como estupro. Por isso, o vídeo, que mostra um homem manipulando a genitália da garota visivelmente desacordada, já é prova suficiente do crime. Se o ato for praticado contra menores de dezoito anos, a pena para o agressor é de 8 a 12 anos de prisão.
*Veja.com
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