Segue o jejum da seleção argentina de futebol. Sem conquistar um título de grande expressão desde a Copa América disputada em 1993, a equipe hoje liderada por Lionel Messi ficou novamente com o gosto amargo da derrota. Após um jogo truncado, sem grandes lances, a finalíssima contra o Chile foi decidida na disputa por pênaltis. E como na edição da Copa América do ano passado, o Chile sagrou-se vencedor. Após uma partida de 120 minutos sem gols, o atual campeão da competição continental bateu a Argentina por 4 a 2 na disputa por pênaltis e acumula a segunda taça em apenas dois anos.
Logo na primeira cobrança dos hermanos, Messi, o camisa 10 e capitão da seleção, isolou a bola por cima do travessão, emulando a famigerada cobrança do italiano Roberto Baggio, na final da Copa do Mundo de 1994. Arturo Vidal, um dos principais nomes da atual geração chilena, também perdeu seu pênalti, batendo a meia altura, nas mãos do goleiro Sergio Romero. O argentino Biglia também errou sua cobrança e selou o vice-campeonato da seleção bicampeã do mundo.
O jogo - Argentina e Chile fizeram um duelo de poucas emoções, muita briga e dois cartões vermelhos polêmicos neste domingo, e como aconteceu no ano passado, em Santiago, empataram em 0 a 0 no tempo normal da final da edição de centenário da Copa América, no Metlife Stadium, em East Rutherford, nos Estados Unidos.
O árbitro brasileiro Héber Roberto Lopes acabou sendo um dos protagonistas do jogo por aparecer mais do que o usual e expulsar dois jogadores, um de cada lado, ainda na etapa inicial. O primeiro expulso foi o volante chileno Marcelo Días, aos 27 minutos. Depois de bloquear a passagem de Lionel Messi num contra-ataque, Lopes mostrou o segundo cartão amarelo ao jogador do Chile. A expulsão fez a temperatura do jogo subir demasiadamente. Aos 41 minutos, foi a vez da Argentina ficar com um homem a menos no gramado. O zagueiro Marcos Rojo acertar um carrinho por trás do meia Arturo Vidal. A pressão do chilenos e a catimba de Vidal fizeram com que Heber mostrasse o cartão vermelho direto ao defensor argentino.
Com bola rolando, a principal oportunidade de gol esteve nos pés do centroavante argentino Gonzalo Higuaín. Aos 22 minutos do 1º tempo, após cochilada de Gary Medel, o jogador do Napoli disparou, ficou frente a frente com Bravo, deu leve toque por cima do goleiro, mas bateu para fora. Na ida para o intervalo, comissão técnica e atletas argentinos questionaram Héber pela aparente exibição de cartão vermelho para Aránguiz antes ainda que Rojo fosse expulso. O meia, que passou pelo Internacional, no entanto, seguiu em campo normalmente.
Na etapa complementar, houve menos futebol. Em uma rara chance, o chileno Alexis Sánchez fez um lançamento espetacular da esquerda e encontrou Eduardo Vargas no outro lado do campo. O atacante disparou, invadiu a área e acertou potente chute cruzado, parando, contudo, em boa defesa de Sergio Romero. Nos acréscimos, a emoção reapareceu, primeiro quando Sánchez recebeu na pequena área, mas na hora de finalizar acabou travado pela zaga. No lance seguinte, Messi recebeu, disparou pelo meio e soltou a bomba, à esquerda do gol de Claudio Bravo.
O futebol continuou aparecendo em raros lampejos durante os 30 minutos da prorrogação. Aos 9 minutos da primeira etapa, em um dos lances mais inusitados da decisão, Lionel Messi acabou derrubando Héber Roberto Lopes, ao cair depois de sofrer uma falta. Na cobrança, o camisa 10 criou ótima oportunidade, ao levantar a bola na medida, na cabeça de Sergio Agüero, que testou com estilo e obrigou o goleiro chileno Claudio Bravo a fazer uma grande defesa, espalmando por cima do gol.
*Com EFE
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