O humilhante 4 a 0 da final da última Eurocopa está vingado. Nesta segunda-feira, com uma grande atuação na defesa, a Itália venceu a Espanha por 2 a 0, no Stade de France, em Saint-Denis, e eliminou a "Fúria" ainda nas oitavas de final.
Um resultado que se deve bastante a um nó tático dado por Antonio Conte no veterano Vicente Del Bosque no primeiro tempo, quando a Azzurra anulou o adversário e ainda criou várias chances de marcar desde o apito inicial.
Em uma delas, a Itália achou seu gol com Chiellini, em grande atuação. Ele aproveitou rebote dado por De Gea em cobrança de falta do brasileíro Éder e mandou para as redes.
Sétimo gol do defensor com a camisa italiana, igualando o número do lendário Paolo Maldini.
Na segunda etapa, a Espanha foi melhor, principalmente depois da entrada do jovem Lucas Vázquez, que colocou fogo no jogo.
Apesar da pressão da Roja, no entanto, a retranca de Conte provou-se forte demais para a atual bicampeã da Eurocopa. Nos acréscimos, o golpe fatal: Darmian cruzou e Pellè fez o segundo gol dos italianos, ratificando a vitória em Saint-Denis.
Essa, aliás, foi a primeira vitória da Azzurra sobre a Roja em jogos oficiais desde a Copa do Mundo de 1994, quando a equipe havia triunfado por 2 a 1, nos Estados Unidos.
Nas quartas, a Itália pega a Alemanha, neste sábado, às 16h (horário de Brasília).
De Gea impede goleada já no primeiro tempo
Assim que o árbitro apitou, começou a chover no Stade de France. E parece que a água que veio do céu fez muito bem à Itália, que iniciou o jogo muito melhor. Aos 8 minutos, Florenzi cobrou falta para a área, Pellè cabeceou firme e De Gea, a la Gordon Banks, fez um verdadeiro milagre, pulando e defendendo no canto.
No lance seguinte, os italianos trocaram passes de cabeça na área e Giaccherini deu uma bicicleta, que De Gea defendeu novamente de maneira brilhante, com a bola batendo na trave na sequência. Contudo, o juiz parou o lance marcando jogo perigoso do baixinho da Azzurra.
A Itália seguiu bastante superior até os 20 minutos, com Parolo ainda cabeceando mais uma bola com perigo. A partir daí, os espanhóis equilibraram a partida, tocando bem a bola com Busquets, Iniesta, Fábregas e David Silva.
O primeiro chute da "Fúria" só saiu aos 27, quando Iniesta recebeu na entrada da área e bateu. A bola desviou em De Rossi, mas Buffon, bem posicionado, agarrou.
O merecido gol
No entanto, a Azzurra era o melhor time, e quase marcou logo na sequência, quando De Sciglio recebeu pela esquerda e cruzou rasteiro. Sergio Ramos afastou de canela e por muito pouco não mandou contra o próprio patrimônio, assustando a Roja.
A pressão da Itália era forte, e finalmente deu resultado aos 32, depois que Ramos derrubou Pellè na meia-luta. Na cobrança de falta, o brasileiro Éder soltou uma bomba, De Gea espalmou para frente, Giaccherini tocou e Chiellini chegou como um tanque para empurrar para as redes.
Explosão de alegria da torcida azul no Stade de France, com o defensor da Juventus chegando ao seu sétimo gol pela seleção, igualando o número do lendário Paolo Maldini.
E o placar só não terminou maior para os comandados de Antonio Conte na primeira etapa porque, aos 44, De Gea fez mais uma grande defesa em chute forte de Giaccherini.
Fim de um primeiro tempo em que Vicente Del Bosque levou um verdadeiro nó de Conte, e deu graças por não ter ido para os vestiários com a Azzurra em vantagem maior em Saint-Denis.
Lá e Cá
Na segunda etapa, a Espanha voltou com Aduriz no lugar de Nolito. Só que a Itália começou melhor. Logo no primeiro minuto, Sergio Ramos e Piqué precisaram se esforçar muito para cortar cruzamentos perigosos de Florenzi e De Sciglio.
A "Fúria" respondeu pouco depois, quando Iniesta cobrou escanteio e Morata, sem sair do chão, cabeceou em meio aos defensores adversários. Para azar do espanhol e sorte dos italianos, a bola saiu fraca, e Buffon defendeu sem dar rebote.
A partir daí, a Roja iniciou um domínio completo da partida, jogando de maneira bastante ofensiva, com a Azzurra toda recuada, até mesmo seus atacantes. Por isso, Antonio Conte tirou De Rossi, cansado, e reforçou a marcação com Thiago Motta.
Deu certo: aos 9, em contra-ataque, Pellè lançou Éder, que arrancou como uma flecha e saiu na cara de De Gea. Na hora de chutar, contudo, o brasileiro finalizou mal, chutando em cima do arqueiro espanhol, que novamente salvou seu time.
Aduriz, que entrou para jogar como centroavante de área, chamou a atenção dos marcadores. Quem aproveitou foi Morata, que, aos 15, dominou lançamento e tentou surpreender Buffon com um toque por cobertura. A intenção foi boa, mas ochute foi bem para fora, sem assustar o experiente goleiro da Juventus.
Pressão espanhola, vitória italiana
Só que a Itália ra muito pergiosa nos contra-ataques. Tanto é que, em jogada de velocidade, por muito pouco não chegou ao segundo gol. De Sciglio cruzou, De Gea errou feio ao tentar cortar e a bola ficou pipocando na pequena área esperando alguém chutar. Para sorte dos espanhóis, a zaga afastou a tempo.
A "Fúria respondeu aos 24, com Aduriz, recebendo passe na entrada da área e completando de perna esquerda, animando a torcida espanhola. Na sequência, Del Bosque trocou Morata por Lucas Vázquez, e a Roja seguiu na pressão. Em escanteio, Sergio Ramos quase marcou.
Vázquez entrou com muita vontade, e fazendo boas jogadas com Aduriz. Ao 29, o centroavante enfiou para o garoto, que tirou de Buffon e acertou a trave. Contudo, a jogada já havia parado por impedimento. Na sequência, ele cruzou para Iniesta dar um lindo chute de primeira, da meia-luta, que Buffon espalmou por cima.
A Itália era só defesa, a Espanha tinha 75% da posse de bola, e o arqueiro da Juventus se destacava, como em batida forte do zagueiro Piqué, de fora da área, que o veterano voou para defender.
Na sequência, Aduriz se machucou, forçando a entrada de Pedro Rodríguez. Conte respondeu colocando o baixinho Insigne na vaga de Éder, já muito cansado, e o lateral Darmian substituiu Florenzi, para fechar o lado direito do campo.
*ESPN
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