Dezessete pessoas foram mortas por guardas-civis metropolitanos (GCMs) na cidade de São Paulo entre 2013 e 2016. As informações são do comando da instituição e incluem o caso do menino de 11 anos morto em uma perseguição, no último sábado, em Cidade Tiradentes, na Zona Leste da capital paulista. Neste ano, foram registradas quatro mortes, quase o total de casos do ano passado, cinco. Em 2014, aconteceram seis mortes e em 2013, dois casos. Segundo as estatísticas, em onze casos, os guardas estavam fora de serviço e, em seis, trabalhando.
Para o secretário municipal de Segurança Urbana, Benedito Domingos Mariano, os números mostram que não há "cultura da letalidade" na GCM da capital. "Considerando uma cidade do tamanho de São Paulo e um efetivo de 6.000 homens que trabalham armados todos os dias, os índices estão muito baixos, menores do que em países como os Estados Unidos, por exemplo."
Mariano afirmou que um dos casos se refere a um crime passional - um GCM matou o suposto amante da mulher. "O outro caso que teve a conduta dos guardas totalmente errada, pois foge do padrão de atuação da Guarda, foi o que terminou com a morte do menino de 11 anos, no fim de semana. Nas demais ocorrências, a investigação da Corregedoria da GCM concluiu que os guardas agiram em legítima defesa, pois houve confronto com bandidos."
O comando da GCM vai reforçar nesta semana a instrução para que os guardas adotem as normas estabelecidas há oito anos, que não permitem abordar veículos em atitude suspeita ou se envolver em perseguição a suspeitos. "O guarda anda armado para se proteger e não para participar de ocorrências policiais."
*Com Estadão Conteúdo
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