A eliminação da Espanha diante da Itália nas oitavas de final da Eurocopa pode ter significado o adeus do técnico Vicente Del Bosque ao futebol. O treinador deixou a seleção espanhola, pelo qual conquistou a Copa do Mundo de 2010 e a Eurocopa de 2012, nesta terça-feira, e a imprensa local já dá como certa sua aposentadoria. Del Bosque, de 65 anos, foi jogador e treinador de sucesso tanto pela seleção quando pelo Real Madrid. Por enquanto, apenas especulam-se nomes (todos espanhóis e pouco consagrados) para o cargo.
A seleção espanhola ainda não oficializou a demissão de Del Bosque, ainda que todos os jornais do país a tenham dado como certa. O técnico já havia dito em diversas entrevistas que a Eurocopa seria sua despedida da seleção, que buscava o tricampeonato. Segundo informações do diário As, o presidente da federação espanhola e presidente interino da Uefa, Ángel María Villar, quer que Del Bosque segure o anúncio de sua saída até o dia 15 de julho - quando Villar deve anunciar se se candidatará à reeleição na Uefa ou na federação nacional.
Os principais jornais esportivos da Espanha apontam Joaquín Caparrós como o principal favorito ao cargo. O treinador de 60 anos, que tem boas passagens por clubes médios do país, está sem clube e tem recusado propostas, possivelmente aguardado uma chamada da federação espanhola. Nos últimos anos, Caparrós passou por Sevilla, Deportivo La Coruña, Athletic Bilbao, Mallorca, Levante e Granada.
Outros nomes especulados pelos jornais Mundo Deportivo e As são os de Julen Lopetegui, ex-técnico do Porto, Paco Jémez (que acabou de assumir o Granada, mas tem uma cláusula no contrato que o libera em caso de proposta da seleção) e outros mais experientes, como Camacho ou Michel - opções menos prováveis.
A incerteza sobre o futuro presidente da federação espanhola, porém, causa uma situação curiosa. Villar, que parece mais disposto a assumir a Uefa, pretende assegurar antes que conseguirá eleger um sucessor de sua preferência na federação espanhola. Caso um novo treinador seja contratado em breve e um opositor de Villar vença as eleições, que devem ocorrer em novembro, existe a chance de o novo presidente demitir o treinador escolhido anteriormente. Villar já declarou diversas vezes que a ideia de ter um treinador estrangeiro não lhe agrada, apesar da ausência de espanhóis consagrados na carreira.
*Veja.com
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