Em almoço realizado nesta segunda-feira, líderes do centrão (PSD, PP, PR, PTB e outros partidos médios) decidiram que vão entrar em campo para tentar reduzir ao máximo o número de candidatos na disputa pela presidência da Câmara. A previsão é que ao haja ao menos doze postulantes para suceder o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou ao comando da Casa na última quinta-feira. O vencedor deverá assumir um "mandato tampão" até fevereiro do ano que vem e será responsável por conduzir as principais propostas de interesse do Palácio do Planalto.
A ideia dos líderes do centrão é deixar o caminho aberto para o líder do PSD, Rogério Rosso (PSD-DF), que conta com o apoio do governo e de Cunha. Rosso oficializou nesta segunda-feira seu nome como candidato. "Fizemos algumas contas. Está difícil, mas vamos ver", afirmou o líder do PSD após deixar o encontro realizado na casa do líder do PTB, Jovair Arantes (GO).
"A ideia é trabalhar pela retirada das candidaturas nas próximas horas. Se acontecer, dá até para ganhar no primeiro turno. Mas está difícil convencer os candidatos porque vai ser oferecido o quê? Não tem nem comissão nem cargos para oferecer agora", ponderou o presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força. Nas contas de integrantes do centrão, caso haja desistência de alguns dos candidatos, o grupo poderá reunir cerca de 200 votos dos 513 possíveis.
No encontro, os integrantes do centrão também defenderam que a sessão da disputa pela presidência da Câmara seja realizada a partir das 11 e não às 19 horas desta quarta-feira, como foi acordado no final de semana. A mudanças do horário deve ser discutida na reunião de líderes prevista para ocorrer na tarde desta segunda-feira. O receio dos líderes é que com a possibilidade de haver um segundo turno, a disputa entre madrugada adentro.
*Com Estadão Conteúdo
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