O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desistiu de iniciar as obras de construção de um anexo da Casa, apelidado nos corredores de “puxadinho do Cunha”, em referência ao autor do projeto, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Maia alegou que não é o momento de utilizar recursos públicos para a construção de um novo prédio e informou, nesta terça-feira, o primeiro-secretário da Mesa Diretora, Beto Mansur (PRB-SP), de que não levará o projeto adiante.
A construção do anexo aconteceria com a participação privada, mas não houve interesse de empresas e o projeto, apelidado de “Parlashopping” – que custaria 1 bilhão de reais aos cofres públicos – foi abandonado. A Mesa Diretora da Casa decidiu então gastar 320 milhões de reais do próprio bolso na obra que expandiria a antiga estrutura da Câmara, sem lojas, mas com novos gabinetes, auditório, restaurantes e estacionamento subterrâneo.
A Casa já havia desembolsado 50.000 reais para os primeiros trabalhos de escavação de solo. No entanto, Maia afirmou que a modernização do complexo poderá ser feita “quando o País estiver voltando a crescer economicamente” e reiterou que “no momento de crise, não cabe esse investimento.”
O presidente da Câmara revelou preocupação com a repercussão do gasto. “Neste momento, acho que a sinalização da construção de um anexo não vai cair bem aos ouvidos da sociedade”.
*Com Estadão Conteúdo
Mín. 23° Máx. 39°