A bicampeã olímpica de salto com vara Yelena Isinbayeva recorrerá ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo, na França, contra a decisão de excluir a equipe da Rússia de atletismo da Olimpíada do Rio de Janeiro. O anúncio sobre a ação foi feito nesta segunda-feira pelo técnico da atleta russa, Yevgueni Trofimov, em entrevista à Agência R-Sports. No domingo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) ratificou a decisão da Associação Internacional de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) de banir a equipe russa devido a um escândalo de doping.
“Após o ocorrido, Yelena recorrerá ao Tribunal de Direitos Humanos de Estrasburgo, porque para ela e toda a equipe a decisão não está de acordo com o direito”, disse o treinador. Trofimov ainda se disse decepcionado com a reação das autoridades russas à decisão do COI. “Deram de ombros.” O ministro de Esportes da Rússia, Vitaly Mutko, chegou a agradecer o COI por não excluir toda a equipe olímpica da Rússia dos Jogos, sem fazer qualquer menção à punição ao atletismo.
Isinbayeva também fez duras críticas ao governo e à federação da Rússia por não apoiá-la. A atleta de 34 anos se preparava para o que seria sua última Olimpíada. Sem ter seu nome envolvido nos escândalos de dopagem envolvendo atletas e entidades russas, Isinbayeva considerou sua exclusão injusta.
“Não vou voltar ao degrau mais alto do pódio nos Jogos Olímpicos, ouvir o hino nacional russo em minha honra e agradar aos fãs. Deus, como estou ferida por esta injustiça. Nossa defesa foi fraca, eu diria que zero. Ninguém se levantou e defendeu os meus direitos. É triste”, desabafou a russa em uma postagem em seu Instagram.
“São lágrimas de impotência perante esta ilegalidade. As lágrimas são de consciência de tudo que fiz pelo atletismo. Minha vitória em Cheboksary continua sendo o melhor resultado da temporada no mundo. O que eu poderia dar ao mundo no Rio e as emoções continuarão sendo um mistério”, completou a russa.
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*Com agência EFE
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