Aos 56 anos, a psicóloga Angela Liborio sempre ouviu a mãe afirmar, com convicção, que as roupas verdes a deixavam ainda mais bonita. Apesar dos elogios, a cor quase não aparecia em seu guarda-roupa e nada a convencia de que a tonalidade deveria ser mais presente. “Eu percebi ao longo dos anos que quando eu colocava algumas roupas de determinadas cores, elas combinavam mais, mesmo não sendo uma cor que eu gostasse. Ao mesmo tempo, muitas vezes comprei uma roupa que eu achei perfeita na loja, no manequim, mas depois não conseguia usar. Era linda, mas não combinava comigo”, explica.
Com o acúmulo de peças no guarda-roupa e pouca criatividade para combiná-las, Angela decidiu recorrer à ajuda profissional. “Um tempo atrás, eu vi alguma coisa na internet sobre coloração pessoal. Pesquisei bastante, tentei fazer sozinha, baixei apostila, mas eu acabava tendendo para as cores que eu já gostava”, confessa a psicóloga.
Decidida a melhorar a imagem, Angela procurou ajuda de uma consultora de moda especializada em coloração pessoal e acabou descobrindo que tinha mais peças de roupa do que imaginava. “Eu aprendi a combinar melhor. Antes eu achava que uma calça combinava apenas com uma blusa e hoje consigo combinar com três. Parei de comprar roupas e hoje faço mais combinações”, ressalta.
PROFISSIONAL
Formada há dez anos em moda, Milena Cássia foi uma das profissionais que se aventurou na coloração pessoal após anos trabalhando em confecções de Campo Grande.
“Eu trabalhava na área de atendimento a confecções, na área de vestuário. Eu queria seguir carreira solo, trabalhar de uma forma que eu pudesse ter meus horários. Comecei a investir na consultoria de imagem, fazer cursos e me especializar. Apesar de ser formada em moda, eu fui me especializar mais nessa área da coloração pessoal, do visagismo”, explica Milena.
No início, o plano era vender roupas e incluir a consultoria como um diferencial, mas a segunda opção deu tão certo que ela deixou para trás as vendas. “Os primeiros métodos de coloração pessoal são antigos na moda, sim, mas por causa das redes sociais todo mundo começou a procurar para valorizar a própria imagem, hoje tão importante”, frisa.
Segundo a profissional, a coloração pode transformar a autoestima. “A coloração é uma análise, um teste para encontrar as cores que ficam melhor em cada tipo de pele de acordo com as características da pessoa. Então, a gente faz uma análise. Por exemplo, ficam melhores cores claras ou cores escuras, cores mais suaves ou cores mais brilhantes, cores quentes ou cores escuras. De acordo com essas características, direcionamos para as cartelas finais”, frisa.
Além do vestuário, a cor influencia na maquiagem, no cabelo e pode até ajudar a amenizar as olheiras. “É um teste bem delicado que eu sempre faço individualmente, nunca em grupo”, afirma.
Para quem gosta muito de uma cor, não têm problemas. “A cartela tem todas as cores, o que muda é a tonalidade delas”, ressalta Milena.
*Correio do Estado
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