As comparações são inevitáveis, mas a seleção brasileira olímpica faz de tudo para desassociar a final deste sábado, diante da Alemanha, do trauma causado pelo 7 a 1. O técnico Rogério Micale afirmou na noite desta quinta-feira que o time está preparado para a decisão no Maracanã e nem pensa na semifinal da Copa do Mundo de 2014.
“Não temos nada a ver com o 7 a 1. Esta é a seleção olímpica. Isto foi na Copa do Mundo. Não tem comparação. São competições, partidas e até idades diferentes. Não vejo como relacionar”, afirmou o treinador baiano, no Maracanã.
“Estamos muito fortes emocionalmente para este sábado. Já passamos por tudo. Tivemos dúvidas, mas agora vivemos um novo momento. Enfrentaremos uma equipe muito boa, que remete a uma história com a qual não temos nada a ver. Vamos viver a nossa própria história.” O único atleta que estava no Mineirão no 7 a 1 é o zagueiro Mathias Ginter, que foi reserva durante toda a campanha do tetracampeonato mundial dos germânicos.
Brasil e Alemanha disputarão uma final inédita em Jogos Olímpicos e jamais conquistaram a medalha de ouro (a Alemanha Oriental levou o ouro em Montreal-1976, antes da unificação). Micale diz ter estudado profundamente a filosofia de jogo do adversário. “Conhecemos o modelo de jogo deles, que é o mesmo em todas as categorias, da base à equipe principal”.
Para Micale, qualquer que seja o resultado, a Rio-2016 poderá representar uma base para o trabalho de Tite na seleção adulta. “Não podemos pensar nessa juventude só para a medalha de ouro. É o futuro da seleção brasileira. Eles vão adquirir mais rodagem e chegar preparados.”
*Veja
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