Carlos Alberto Parreira não se impressionou com a campanha da seleção brasileira olímpica que conquistou a medalha de ouro na Rio-2016. Trabalhando para a Fifa, como representante do Grupo de Estudos Técnicos (TSG, na sigla em inglês) da entidade, o ex-treinador da seleção brasileira acompanhou as partidas da Olimpíada e considerou que o título era “obrigação”.
“Para Argentina e Brasil, o mais importante é a Copa do Mundo. A medalha de ouro foi uma alegria e agora temos todos os títulos. Para nós era uma obrigação por jogar em casa”, disse Parreira, em entrevista à Super Deportivo Radio, da Argentina, reproduzida em vários veículos do país, como a revista El Gráfico.
O ex-treinador de 73 anos disse que a vitória sobre a Alemanha na final não significou uma revanche do 7 a 1, mas apontou qualidades na atual geração. “Não conseguimos substituir uma camada exitosa de jogadores, como Ronaldo, Cafu, Roberto Carlos, Ronaldinho, Rivaldo e companhia. Mas temos que ter paciência, há uma geração interessante e foi demonstrado nos Jogos Olímpicos.”
Mas apesar dos elogios ao grupo, Parreira considerou que a seleção brasileira tem apenas um craque na atualidade. “Neymar só tem 24 anos e está jogando em um grande nível há muito tempo. Se firmou no Barcelona, onde estão Messi, Suarez e companhia. No Brasil, tudo é Neymar. Antes, havia 3 ou 4 jogadores deste nível. Hoje, o Brasil é só Neymar. Sem ele não poderíamos ter conquistado a medalha de ouro.”
Com a língua afiada, Parreira ainda deu uma cutucada nos argentinos. “Sou fã de Maradona, mas para mim Pelé foi melhor. Pelé uma vez disse que um jogador precisa ganhar 3 Copas do Mundo e fazer 1400 gols para começar a falar sobre ser o melhor de todos os tempos…”
*Veja
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