A associação a padrinhos políticos traz mais prejuízos do que vantagens aos candidatos que disputam as eleições à prefeitura de São Paulo, revela pesquisa do instituto Datafolha publicada neste sábado pelo jornal Folha de S.Paulo. De todos os caciques, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é, de longe, o mais micado: 73% dos eleitores ouvidos na pesquisa afirmam que não votariam de jeito nenhum no candidato apoiado pelo petista – no caso, o atual prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad.
Mas a rejeição aos nomes do presidente interino Michel Temer (PMDB) e do governador Geraldo Alckmin (PSDB) também tem forte potencial repelente. O apoio de Temer – cujo partido, o PMDB, tem como candidata a senadora Marta Suplicy – afastaria o voto de 65% dos eleitores. Outros 51% não escolheriam o nome endossado pelo governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB) – que faz campanha pelo tucano João Doria.
A pesquisa, realizada em 23 e 24 de agosto, ouviu 1.092 pessoas. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.
Lava Jato
A pesquisa aponta que os escândalos vindos à tona na Operação Lava Jato minaram o efeito positivo dos apoios políticos em geral. Não à toa, o deputado Celso Russomanno (PRB), que não tem nenhum padrinho político, é o líder na corrida pela prefeitura da capital paulista, com 31% das intenções de voto.
De acordo com o Datafolha, não mais que 7% dos eleitores votariam “com certeza”no nome escolhido por Temer, enquanto outros 23% “talvez” seguissem a sua indicação. O apoio de Lula levaria 11% dos paulistanos a certamente escolher o candidato e 14% estudariam a possibilidade. Alckmin convence 16% e faz 28% examinarem o nome que ele endossar.
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