A violência em Bela Vista/MS, fronteira com o Paraguai, tem causado insegurança na população. Diversos casos de roubo de carros, camionetes e gado foram registrados este ano. Nas últimas três semanas ocorreram três roubos de carro no município que tem pouco mais de 20 mil habitantes.
Mobilizados contra a onda de crimes, os produtores rurais, por meio do Sindicato Rural de Bela Vista e entidades parceiras, vêm reivindicando junto ao governo do Estado, desde o primeiro semestre, medidas para reforço do policiamento na região. Entretanto, o governo estadual, por meio do Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), alega que não dispõe de infraestrutura adequada e efetivo policial para garantir um policiamento fixo no município. Em ofício do dia 6 de julho, o comandante-geral da PMMS, coronel Jorge Edgard Júdice Teixeira, disse que “o policiamento em Bela Vista está, atualmente, sob responsabilidade da 2ª Companhia do 11º Batalhão de Polícia Militar de Jardim, que diariamente efetua ações preventivas/repressivas na localidade, além de realizar policiamento esporádico, na modalidade de ronda e ponto base, no posto da Receita Federal”.
Sem apoio do governo estadual e submetidos à Constituição Federal, que determina que a fiscalização das fronteiras seja de competência do governo federal, produtores rurais e representantes de outros segmentos reuniram-se ontem (25.08), na sede do Sindicato Rural, e redigiram ofício à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), solicitando apoio na adoção de medidas preventivas de segurança na região. Segundo o documento, há alguns anos, a fiscalização no Posto da Receita Federal, localizado nas proximidades da ponte binacional, que liga Brasil e Paraguai, foi suspensa. “(...) Nossa fronteira se encontra absolutamente desguarnecida, sem qualquer tipo de presença do Estado, o que tem permitido que a ponte seja rota tranquila do tráfico de drogas, armas e de bandidos que têm aterrorizado nossa cidade (...)”, diz o documento.
O ofício será entregue ao Ministério das Cidades e ao Ministério da Justiça, por meio da CNA e com o apoio do Sistema Famasul.
O presidente do Sindicato Rural de Bela Vista, Leandro Mello Acioly, disse que a entidade vai usar de todos os recursos para garantir o direito de segurança à população. Para ele, “os bela-vistenses são tranquilos e trabalhadores e não podem estar submetidos à insegurança causada pelo crime organizado”, ressalta.
Com informações da Assessoria de Imprensa do Sindicato Rural de Bela Vista
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