Primeira inscrita a participar do interrogatório da presidente afastada Dilma Rousseff, a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) preferiu usar o seu tempo de cinco minutos para, ao invés de fazer perguntas, defender a presidente e reafirmar a tese de que o impeachment é um golpe de Estado.
“Não tenho dúvida de que esse impeachment é um processo que nasceu da vingança sórdida de Eduardo Cunha e da ganância de um pequeno grupo pelo poder”, disse Kátia, em tom inflamado. Amiga pessoal de Dilma, ela lembrou que a petista elevou o status do Ministério da Agricultura, do qual foi titular, para o primeiro escalão do governo e que as subvenções ao Plano Safra só agora foram “cinicamente chamadas de pedaladas”.
“Senhora presidente, não tenho perguntas, peço apenas que fale para esse plenário sobre esse ataque político que tem como vítima a democracia brasileira. A história vai contar aos brasileiros de hoje e do futuro ao que estamos assistindo aqui”, disse Kátia Abreu.
A segunda a falar foi a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), que estava vestida com as cores da bandeira brasileira. Favorável ao afastamento definitivo de Dilma, a senadora rebateu a tese do golpe, dizendo que a presença de Dilma no plenário do Senado legitima o julgamento. “Sua presença aqui é um tributo à nossa Constituição. A suprema corte do país jamais compactuaria com um golpe. O verdadeiro golpe foi contra milhões de brasileiros”, rebateu a senadora.
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