“Fiquei e estou assustada até agora.” A decoradora Tânia Assumpção, de 68 anos, teve o carro totalmente destruído na noite deste domingo, em Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. Passava das nove horas da noite quando Tânia voltou do supermercado. Depois de guardar todas as compras, ela e Maria Rosa, empregada da casa, ouviram um barulho, que lembrava o de um tiro, e o alarme do carro soando.
“Ouvi a explosão e fui até a porta, achei que fosse um ladrão querendo invadir a casa. Foi aí que vi o meu carro pegando fogo”, lembra. As chamas tomavam conta do Honda City prata, que estava estacionado na porta da casa da decoradora.
Sem perder tempo, Tânia ligou para a empresa que faz a segurança do bairro. “Ao mesmo tempo, Luiza, minha vizinha, ligou para a polícia, que chegou rápido e me pediu para sair de casa.”
A decoradora conta que os vizinhos foram muito solidários e, juntos, tentaram aplacar as chamas, sem obter sucesso. “Usei os extintores dos meus carros, mas não conseguimos apagar totalmente o fogo”, conta o vizinho de parede de Tânia, José Luiz Brazuna. Mas foi com a chegada dos dois carros do Corpo de Bombeiro que o fogo cessou.
Tânia conta que ainda não conseguiu voltar para casa. “Eu estava esperando a perícia, mas eles ainda não chegaram lá”, diz a decoradora, que passou a noite na casa de uma das filhas. Ela já ligou para sua seguradora e agora torce para que eles cubram o ataque. “Ainda estamos em negociação, espero que não tenham nenhuma restrição.”
De acordo com Tânia, sempre que há manifestações no bairro – onde reside o presidente Michel Temer -, acaba sobrando para os moradores. “Eles picham as casas, aprontam tudo, sempre tem passeata. Minha casa está cheia de fuligem dentro, mas agora é vida que segue.”
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