Caracterizada por uma estrutura diferenciada, em que personagens e histórias se cruzam em uma verdadeira trama, a série Justiça poderia ser aquilo se costuma chamar de produto difícil para o público. Mas o que o público da TV está provando é que está pronto para estruturas mais complexas, desde que a história que mantém essa estrutura de pé seja atraente. Escrita por Manuela Dias, mesma autora da igualmente boa Ligações Perigosas, Justiça é um fenômeno no Ibope. Chega à sua metade – a série acaba no dia 23 de setembro – elevando em incríveis sete pontos a audiência da Globo no horário, na Grande São Paulo.
Não é brinquedo, não, como diria aquele bordão de Gloria Perez. Cada ponto no Ibope na Grande São Paulo equivalia a 69.417 casas na capital paulista, ou 197.814 espectadores.
Na média, o ibope de Justiça é de 27 pontos, número que seria ainda maior, não tivesse a minissérie sido exibida mais tarde na terça-feira, por causa do jogo do Brasil contra a Colômbia pelas Eliminatórias da Copa. No ar quase à meia-noite, a atração mesmo assim fez bonito, para os padrões do horário — mais bonito até que Neymar e companhia, que voltaram a jogar bola. O capítulo de terça teve média de 20 pontos de audiência, das 23h53 às 00h34. O número é 12 pontos maior que a média registrada pela Globo na faixa, em junho e julho. Um aumento de 150%.
No Rio, o episódio também teve bom desempenho: 21 pontos de média, um crescimento de 11 pontos ou 110%. Na cidade-sede da Globo, aliás, a média de toda a minissérie é de 29 pontos – 6 a mais ou 26% a mais que o obtido pelo canal em julho e julho.
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