Cassado nesta segunda-feira com acachapantes 450 votos, Eduardo Cunha caiu, como de praxe, atirando: afirmou que foi vítima de uma vingança do PT por ter deflagrado o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. E disse que o governo de Michel Temer agiu em parceria com o partido por sua cassação. “Virei um troféu para fomentar o discurso do golpe”, disse, pouco após o resultado.
“O governo aderiu ao projeto da minha cassação ao apoiar o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se elegeu aliado ao PT. Foi um jogo político”, afirmou Cunha. “Eu cometi muitos erros, errei mutas vezes. Mas não foram meus erros que levaram à minha cassação. Foi a política”, prosseguiu.
Cunha prometeu escrever livro com todos os diálogos que manteve sobre o processo de impeachment. Ele garantiu que não gravou as conversas, mas disse ter uma boa memória. Sobre uma eventual delação premiada, agora que vai para as mãos do juiz Sergio Moro, foi enfático: “Só faz delação quem é criminoso. Eu não sou criminoso, não faço delação”
*Veja
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