O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin, afirmou nesta quinta-feira que entrou com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra os procuradores da força-tarefa da Lava Jato pela coletiva de imprensa que concederam ontem para apresentar a denúncia contra Lula, sua mulher e mais seis pessoas. Segundo o advogado, ao chamar o ex-presidente de “peça-chave” e “comandante máximo do esquema”, o Ministério Público Federal do Paraná incorreu em “desvio funcional” ao tratar de um assunto que não está na sua jurisdição, uma vez que o crime de organização criminosa é investigado em Brasília.
Em tom duro, Zanin voltou a dizer que a coletiva não passava de um “espetáculo indevido” feito com o “único intuito de enxovalhar o ex-presidente e sua família”.
O advogado fez o anúncio logo depois do discurso emocionado e político de Lula no Diretório Nacional do PT em um hotel, no centro de São Paulo. Os advogados do ex-presidente, além de Zanin, José Roberto Batochio e Roberto Teixeira, permaneceram a todo tempo do lado esquerdo do ex-presidente, enquanto do lado direito se posicionaram líderes de movimentos sociais, como Vagner Freitas (CUT), Guilherme Boulos (MTST) e Gilmar Mauro (MST).
Num dado momento da fala, Lula chegou a dizer que os seus advogados o haviam orientado ao que podia ou não podia dizer na coletiva de hoje.
*Veja
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