A Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro e a Polícia Federal fazem uma operação conjunta na manhã desta segunda-feira pra cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra uma quadrilha de policiais e ex-agentes da PF. O enredo de um quebra-cabeça montado durante quase seis meses revela que o grupo participou de um roubo cinematográfico de 33 milhões na casa de um empresário, na Barra da Tijuca, em março. Depois, quando ele foi à delegacia e denunciou o assalto, acabou assassinado com 14 tiros na porta da escola do filho.
Entre os presos está Marcos Paulo da Silva Rocha, de 42 anos. Ex-agente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF, ele é o principal suspeito de ter coordenado o assalto. Outro preso na manhã desta segunda-feira é o ex-policial civil Rodrigo Sandes.
No dia 6 de abril, Miguel Ângelo Santos Jacob, de 57 anos, foi executado à queima-roupa quando havia acabo de deixar o filho na escola, dentro de um condomínio de classe média da Barra da Tijuca. A vítima havia sido condenada a 11 anos e oito meses de prisão no ano passado por integrar um esquema de venda de remédios falsificados para tratamento de câncer.
Ao longo das investigações a DH descobriu que o assassinato estava diretamente ligado a um assalto que sua família havia sofrido semanas antes. Na ocasião, quatro homens vestidos com roupas da PF, viatura falsa com adesivos da corporação e giroflex, entraram no condomínio Mandala dizendo se tratar de uma operação policial. Dentro da casa, no fundo falso de uma televisão, os bandidos encontraram 33 milhões em notas de dólar e euro.
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