Com apenas quatro seções eleitorais fora do perímetro urbano, o município de Porto Murtinho, localizado no extremo sudoeste de Mato Grosso do Sul, também terá uma logística diferenciada para as eleições deste domingo (2). A operação montada pela Justiça Eleitoral garantirá o transporte dos eleitores que moram no Pantanal e em pequenas propriedades situadas no planalto até os locais de votação, que totalizam 25 unidades na cidade.
O cartório eleitoral local estruturou dez rotas para atender o grupo de eleitores que vive em regiões isoladas e de difícil acesso, utilizando como meio de locomoção a frota de ônibus da prefeitura que atende os alunos da zona rural. “Temos uma vasta região de Pantanal, mas os acessos são por terra nessa época do ano de águas baixas. O que dificulta é a longa distância até as comunidades”, explica Caroline Arce Franco, chefe do cartório.
Neste domingo, funcionários do cartório e mesários se deslocam por mais de 340 quilômetros para a coordenação de três seções eleitorais na Reserva Indígena dos Kadiwéu. Na Aldeia Alves de Barros, distante 375 quilômetros da cidade, funcionarão as seções 19ª e 24ª, com um total de 371 votantes aptos. Sede da 20ª seção eleitoral, a Aldeia São João, distante 340 quilômetros, tem cadastro de 249 eleitores aptos, segundo o Tribunal Regional Eleitoral/MS. A quarta seção eleitoral não urbana (23ª) funcionará em uma escola na Colônia Cachoeira, distante 95 quilômetros de Porto Murtinho, às margens do Rio Apa.
Com 8.731 eleitores aptos – 53 a menos em relação às eleições de 2014, Porto Murtinho pertence à 20ª Zona Eleitoral, com 29 seções. Banhado pelo Rio Paraguai, o município pantaneiro é um dos mais distantes da Capital (443 quilômetros) e fica localizado na fronteira com o Paraguai.
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