Após a vitória surpreendente no primeiro turno da eleição à prefeitura de São Paulo, João Doria anunciou na noite deste domingo as primeiras medidas que tomará à frente da maior cidade do país. Disse que um dos primeiros atos será procurar o apoio do PMDB e do PSD, partidos de sustentação da candidatura da adversária Marta Suplicy, para compor a sua base aliada. Ele revelou que recebeu telefonemas hoje do presidente Michel Temer e do ministro Gilberto Kassab, parabenizando-o pela vitória. Segundo ele, isso já indica “gestos de aproximação”.
“As boas conversas começam agora. Tenho certeza que teremos uma boa conversa com o PMDB, tendo em vista que o presidente Michel Temer também me ligou. Ele me disse que tudo aquilo que o governo federal puder ajudar, ele vai ajudar”, disse Doria. Num discurso de conciliação, tradicional depois de encerrada corridas eleitorais, lembrou dos adversários Fernando Haddad — “um homem de bem” —, da senadora Marta — “muito gentil” —, e do deputado Celso Russomanno — “conheço-o há um bom tempo” —, que não conseguiram levar a disputa nem para o segundo turno.
Doria também se disse “muito tranquilo” com a ação movida pelo Ministério Público Eleitoral que pede a cassação da sua candidatura por abuso de poder político. Segundo ele, o processo não deve dar em nada. Doria revelou, inclusive, que teve um encontro informal — “um café, sem advogado” – com o promotor José Carlos Bonilha, autor da ação, há dois meses.
Conforme já alardeava em sua campanha, os primeiros projetos que implementará em sua gestão são a privatização do que chama de “Parque Anhembi”, o Corujão (realização de exames em hospitais privados durante a madrugada) e o aumento da velocidade das Marginais Tietê e Pinheiros.
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