Com um jantar oferecido no Palácio do Alvorada aos deputados e respectivos familiares, o presidente Michel Temer fechou na noite deste domingo um final de semana de intensas negociações pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto dos gastos públicos. Os 414 deputados da base do governo foram convidados para o evento. Destes, 300 teriam confirmado presença. Além do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, compareceu ao Alvorada o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Em mais uma demonstração de empenho na primeira votação decisiva para seu governo, Temer fez questão de receber os convidados pessoalmente na entrada do palácio ao lado da primeira-dama, Marcela. Durante a reunião, estava prevista uma exposição de dois economistas, José Márcio Camargo e Armando Castelar, ambos do Rio, com o objetivo de explicar aos deputados a importância do teto das despesas do governo. Depois, haveria um rápido discurso do presidente.
Para além do esforço de convencimento, o jantar tem outro objetivo estratégico: garantir que os deputados estejam em Brasília logo após o final de semana, facilitando a mobilização para o quórum da votação em primeiro turno na Câmara, prevista para esta segunda-feira.
O governo necessita de 308 votos, em dois turnos na Câmara e no Senado, para aprovar a emenda dos gastos. Suas lideranças dizem ter por volta de 360 votos. Mas o corpo-a-corpo deverá prosseguir até o momento da votação . Temer ligou para indecisos tentando ganhar mais votos. E, mais cedo, participou neste domingo de um almoço com líderes da base aliada para discutir a PEC do teto. O encontro foi na casa do líder do PSD, Rogério Rosso (DF), e estavam presentes também o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Segundo nota divulgada pela liderança do governo na Câmara, na reunião, o líder André Moura explicou ao presidente Michel Temer como a base aliada está convencida da necessidade do país em aprovar a PEC 241 nesta segunda-feira.
A chamada PEC do Teto limita o aumento das despesas do governo, por 20 anos, à inflação oficial dos 12 meses anteriores.
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