A partir madrugada entre sábado e domingo começa o horário de verão. Os relógios devem ser adiantados uma hora. O novo horário traz controvérsias - há quem o ame e quem o odeie. “Eu acho melhor, porque além de dormir mais uma hora, a tarde fica mais prolongada e dá pra fazer mais coisas”, expressou o panfleteiro Paulo Henrique Dornel, de 20 anos.
Já o fotógrafo Valdemir Melo dos Santos, de 47 anos, não suporta o horário diferenciado. “Como eu fotografo eventos, às oito horas da noite ainda está claro e quente, então nas fotos, as pessoas de terno e vestidos longos saem todas suadas, isso é horrível. Além do mais, sinto que minha pressão sobe ainda mais nesta transição”, reclamou.
Segundo especialistas, o corpo precisa de uma a duas semanas para se adaptar ao horário de verão. No entanto, segundo o clínico e cardiologista Luiz Ovando, ajustar o relógio é uma maneira agressiva de lidar com o corpo. “Agora as pessoas precisam acordar quando está escuro. Antes, o horário em que estava escuro era 4h30, 5h. Então, nós, em termos biológicos, somos privados de uma hora de sono”, explicou.
Como toda privação, dormir menos causa estresse no corpo, o que significa que problemas crônicos de saúde podem se agravar durante a adaptação do novo horário. “Nosso corpo se pauta pela luminosidade e ela só vem uma hora depois que acordamos. Então, o corpo acorda mais cedo, mas não desperta”, reforçou o médico.
O horário de verão foi instituído permanentemente no país oito anos atrás. A estimativa do Ministério de Minas e Energia é economizar em torno de R$ 147,5 milhões co a mudança, que vale até 19 fevereiro do ano que vem.
*Correio do Estado
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