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Marin aluga mansão em SP para bancar custo de prisão nos EUA

17/10/2016 às 13h20
Por: Tribuna Popular
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O ex-presidente da CBF José Maria Marin colocou para locação uma mansão em São Paulo, para ajudar a pagar os custos de sua prisão domiciliar, em Nova York, nos Estados Unidos. O aluguel do imóvel, localizado no Jardim Europa, uma das regiões mais nobres de São Paulo, é de pelo menos 110.000 reais por mês.

A mansão, que já pertenceu à família Klabin Lafer (líder no setor de produção de papel no Brasil), fica em um terreno de 2.600 m² e tem 818 m² de área útil. Possui dois andares, 12 salas e 10 banheiros. A área externa tem dezenas de árvores e estacionamento para até 30 carros. Fica próxima ao MIS (Museu da Imagem e do Som).

O imóvel está disponível para locação na internet em pelo menos dois sites de imobiliárias especializadas em empreendimentos de alto padrão na região do Jardim Europa. Antes de Marin comprar o imóvel, funcionava ali uma clínica médica de oncologia.

A mansão está desocupada e tem causado prejuízo ao ex-presidente da CBF. Segundo dados da Prefeitura, o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) deste ano da casa foi de 199.600 reais.

A mansão foi comprada pelo ex-dirigente em 2014 e está registrada em nome da JMN Empreendimento e Participações, empresa constituída pelo dirigente para administrar seus bens. Marin pagou 13,5 milhões de reais aos antigos donos, de acordo com matrícula no 4.º Cartório de Registro de Imóveis da Capital.

Nos dados cadastrais da Prefeitura, o valor venal atualizado da mansão no Jardim Europa é de 23.797.812,00 reais, quase o dobro da quantia paga por Marin. No dia 14 de agosto do ano passado, quando Marin já estava preso e acusado de corrupção e suborno, ele retirou-se da sociedade JMN Empreendimento e Participações e deixou como proprietários apenas sua mulher, Neuza Augusta Barroso Marin, e seu filho Marcus Vinícius Marin.

Na mira – A saída de Marin da empresa após a sua prisão nos Estados Unidos faz parte da estratégia para tentar proteger o patrimônio da família, já que há a possibilidade de a Justiça americana pedir às autoridades brasileiras o confisco e bloqueio das contas e bens do ex-presidente da CBF registrados no país.

O dirigente de 84 anos foi detido na Suíça em maio do ano passado e depois transferido para prisão domiciliar nos Estados Unidos. Marin foi envolvido em um esquema de corrupção na Fifa e é acusado de ter cometido vários crimes, entre eles o de receber propinas nas negociações da Copa América e suborno em contratos da Copa do Brasil, torneio organizado pela CBF.

O início do julgamento de Marin nos Estados Unidos, que seria em outubro de 2017, passou para novembro do próximo ano, após mudança da juíza que cuida do caso – agora, o processo está com Pamela Chen. No Brasil, ele é investigado pela CPI do Futebol, no Senado.

*com Estadão Conteúdo

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