A multicampeã seleção brasileira masculina de vôlei pode ter seu primeiro atleta naturalizado. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) se colocou à disposição para ajudar o cubano Yoandy Leal em sua empreitada para vestir a camisa amarela. Jogador do Sada Cruzeiro, de Minas Gerais, o atleta de 28 anos já é naturalizado brasileiro e espera agora uma liberação em seu país para poder defender a equipe campeã olímpica antes dos Jogos de Tóquio-2020.
“Em tese, não temos nada com isso, seria ele com o clube dele. Mas há um interesse da CBV, já expressado pelo Bernardinho, porque ele é um cara que interessa para o futuro. Já me manifestei ao Flávio (Pereira, diretor esportivo) do Cruzeiro que, caso ele tenha interesse, a gente pode até ir junto a Cuba, como confederação, para acertar”, explicou Ricardo Trade, CEO da CBV.
Leal já defendeu a seleção cubana – em 2010, em sua última convocação, perdeu a final do Mundial justamente para o Brasil. De acordo com as regras da Federação Internacional de Vôlei (FIVB, na sigla em francês), um jogador pode atuar por outro país desde que se naturalize legalmente (no caso dos cubanos, é necessário uma carta de autorização do país, que Leal não possui) e o prazo de dois anos de espera, sem atuar por nenhuma seleção.
“Para a Federação Internacional, ele precisa de uma assinatura de Cuba para jogar pelo Brasil. Ele precisa da liberação para, só então, começar a contar o tempo de dois anos”, afirmou Ricardo Trade. Por isso, mesmo que consiga o documento, Leal teria que aguardar até o fim de 2018 para atuar pelo Brasil.
Com 2,02 metros de altura, Yoandy Leal Hidalgo é um dos destaques do Sada Cruzeiro, que no último fim de semana se sagrou tricampeão mundial de clubes. Chegou a Belo Horizonte em 2012 e, com incrível impulsão e poder de ataque, ajudou a equipe a conquistar diversos títulos.
*Com Estadão Conteúdo
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