Neymar Jr. está novamente no centro das discussões na Espanha e seu pai, Neymar Santos, decidiu sair em defesa do filho – não sem também criticar as excentricidades do atacante. Neymar Senior, como é conhecido na Espanha, minimizou o incidente da garrafa de água atirada por um torcedor do Valencia contra Neymar, fato que abriu guerra entre o Barcelona e a federação espanhola, e disse que o episódio no Mestalla foi “normal”.
“Me assustei um pouco quando caiu a garrafa, mas depois vimos que era de água. Apesar do impacto, sabíamos que não havia causado danos, que estava tudo bem. Foi uma vitória importante, um jogo muito duro. O futebol é assim, os nervos estão à flor da pele. No futebol há provocações, dos dois lados. Faz parte”, minimizou, em entrevista ao programa de rádio El Partizado de Cope.
A partir daí, Neymar pai demonstrou irritação com diversos temas, especialmente a negociação do atacante com o Paris Saint-Germain, noticiado em detalhes pelo jornal francês L’Équipe esta semana. Ele, que também é um dos agentes do filho, negou os valores divulgados e culpou o empresário de Neymar, Wagner Ribeiro, pelas especulações.
“Estou um pouco irritado com Wagner. Ele é um amigo de muitos anos, mas às vezes fala demais. Às vezes perde a consciência das consequências do que está falando. Fala com um jornal, manda recado por certas coisas que não vêm ao caso… Isso gera dano. Tive uma conversa com ele sobre isso. Wagner diz as coisas e eu tenho que defender meu filho. Eu tenho que por a cara.”
Visual, festas e Toiss – Já em tom mais descontraído, Neymar Senior reprovou as constantes mudanças de visual do filho, especialmente suas tatuagens. “Por mim, ele não teria nenhuma. Mas não controlo tudo. Ele foi me enganando. Nas primeiras, dizia ‘essa é para a mamãe, esta é para o papai’. E quando fui ver, já não cabia mais família.”
Em seguida, também reprovou o penteado do filho. “Não gosto, não gosto desse cabelo colorido.” E contou um episódio em que ficou furioso quando viu o filho de moicano, ainda jogando pelo Santos, mas depois mudou de ideia. “Eu queria matá-lo, ele parecia um índio. Mas aí ele fez dois gols no jogo. Neste momento, só se falava no moicano e apareceram muitas publicidades. Aí eu disse ‘não corta mais, não!'”, divertiu-se.
O pai e empresário ainda defendeu o direito de Neymar festejar nas folgas. “Para falar a verdade, havia muito mais festa no Brasil. Agora tem muito pouco. Quando ele estava de férias, festejou muito, mas era necessário, ele precisava relaxar. Há momentos no futebol em que é preciso descansar não só o corpo, mas a mente.”
Perguntado pelo apresentador sobre os “Toiss”, como são conhecidos os amigos inseparáveis de Neymar, o pai admitiu que os garotos “tem sorte”. “Me dão mais problemas que meu filho, tenha certeza. No começo vinham muitos, mas agora temos dois, um que é como um filho, é da família, e outro amigo muito próximo. Pagamos seus estudos, mas todos trabalham um pouquinho para mim”, brincou.
O empresário do craque contou também que Neymar não acompanha o noticiário. “Fazemos o possível para filtrar isso, para que Neymar não se preocupe, não leia os jornais. Ele não lê nada, não assiste TV, é muito difícil. Mas claro, é muito ativo nas redes sociais, algumas coisas chegam a ele, mas evitamos ao máximo.”
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