A facilidade que a chegada da internet trouxe para os lares brasileiros também acarretou no surgimento de problemas significativos de saúde e convivência social. Hoje em dia é quase impossível conhecer alguém que não esteja conectado na web de alguma maneira. Seja no trabalho, lazer ou para estudos, as redes trouxeram comodidade e fácil acesso às informações.
Levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que o Brasil é o terceiro país que mais fica online no mundo. A média de uso das telas conectadas por brasileiro é diariamente de 9h14min. A longa exposição não causa problemas apenas nos adultos, as crianças começam a interagir com desenhos e/ou jogos muitas vezes já nos primeiros meses de vida.
Dores no pescoço, nas articulações, sobrecarga e problemas na coluna, prejuízos na visão, audição e pele (pela luz artificial) são algumas das consequências negativas de toda essa exposição. No caso dos pequenos, por estarem com o organismo ainda em formação, os cuidados devem ser dobrados.
O problema começa quando o uso desenfreado também causa problemas sociais ao internauta. “A relação com a tecnologia é algo imediatista e está sob controle direto de quem a usa. E essa forma descartável, controladora e, de certa forma, superficial de se relacionar com esse “objeto”, pode passar a ser estendida (generalizada) aos relacionamentos interpessoais. Muitas pessoas não sabem mais se relacionar com algo concreto e fora de seu comando, e as experiências sociais, por si só, já geram ambiguidades de sentimento”, explica a psicóloga da Unimed Campo Grande, Mariela Bailosa.
A profissional explica que as pessoas ficam mais espertas em usar aplicativos e redes sociais, mas, em contra ponto, perdem a habilidade de interagir pessoalmente e viver em comunidade. Tudo isso acaba gerando baixa tolerância à frustração e, em últimos casos, pode levar a depressão.
Mas como diminuir o uso das redes? De acordo com Mariela, é possível começar o detox digital devagar. “Comece registrando diariamente quantas vezes pegou no celular ou quanto tempo passou em redes sociais ou internet. Organizar a rotina é um caminho que também pode ajudar. Descubra outras fontes de prazer, pense nas suas prioridades, valorize as atividades em ambientes externos, pratique alguma atividade física, garanta tempo para se curtir sozinho, visite alguém, passe mais tempo com quem ama”, exemplifica.
A especialista ainda ressalta que, caso o internauta encontre alguma dificuldade para iniciar a desintoxicação, talvez seja melhor procurar um profissional. Mas lembra-se: o importante é se desafiar e mudar de hábitos.
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