Uma jovem se jogou de um carro de aplicativo, após ser assediada pelo motorista, que mudou a rota e começou a ter um comportamento suspeito. O caso aconteceu nesta terça-feira (9), na região leste de São Paulo, na marginal Tietê.
Segundo a mãe da vítima, a jovem estava questionando sobre a mudança na rota de destino, momento em que o condutor do veículo começou a acelerar e ter um comportamento agressivo. Com medo, ela se jogou do carro em movimento como tentativa de sair daquela situação.
A mulher estava saindo de um shopping com uma amiga, quando solicitou um aplicativo de transporte. A viagem teria duas paradas, na região Tatuapé e na Vila Maria, ambos bairros da zona leste da capital paulista.
Segundo a vítima, após a primeira parada, na rua Fernandez Pinheiro, começou uma conversa suspeita e desconfortável, foi quando ela percebeu que ele estava realizando uma rota diferente. Assustada, a mulher ligou para seu pai, que orientou ainda que a filha falasse para o motorista parar porque ela queria descer.
Neste momento, o condutor não respeitou o pedido e a jovem entrou em desespero. Logo depois, a ligação caiu e o pai da vítima, desesperado, pegou a chave do carro e tentou ir ao encontro da filha.
A mãe, que permaneceu em casa, fez uma ligação para filha por chamada de vídeo. Ela já estava na delegacia e informou que, após um ataque de pânico, o motorista reduziu a velocidade e ela saiu do carro em movimento.
Um policial, que estava na região presenciou o que aconteceu. Segundo o pai, o agente informou que não poderia fazer nada, já que o motorista ''apenas não obedeceu à ordem de parada'' dada por ela. Já em relação à violência psicológica e assédio que a vítima disse que sofreu o agente declarou que “não estava no papel”.
Ao voltarem para casa, pai e filha formalizaram uma denúncia ao aplicativo Uber. Também foi registrado um boletim de ocorrência na Delegacia de Defesa da Mulher.
Em nota, a empresa de aplicativo de transporte declarou que houve a suspensão do motorista responsável pela corrida e repudiam qualquer violência e desrespeito, e acredita na importância da denúncia de casos de assédio e violência.
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