Novak Djokovic está conversando com advogados para montar um processo contra o governo australiano por maus tratos durante sua passagem pelo país. O valor do processo chegaria a US$ 4,4 milhões, cerca R$ 24 milhões. As informações são do jornal britânico “The Sun”, que cita uma fonte anônima próxima a Edoardo Artladi, agente do número 1 do mundo.
John Karantzis, sócio da firma australiana Carbone Lawyers, disse que Djokovic poderia ter um caso.
- Se ele se concentrar nas ações irracionais que alegaria contra ele, e não por motivos políticos, ele pode ter sucesso - disse Karantzis à televisão Seven Network.
Três juízes do Tribunal Federal Australiano revelaram na quinta-feira suas razões para apoiar uma ordem do governo para deportar o tenista Novak Djokovic. Eles explicaram que não consideraram os “méritos ou sabedoria da decisão” do tenista em não se vacinar.
No domingo, os juízes endossaram por unanimidade a decisão do ministro da Imigração, Alex Hawke, de deportar o sérvio de 34 anos após uma disputa judicial na véspera do que seria a primeira partida de Djokovic no Australian Open. Atual campeão, ele aceitou o veredicto e voou de Melbourne para os Emirados Árabes Unidos horas depois.
O chefe de justiça James Allsop e os juízes James Besanko e David O'Callaghan divulgaram na quinta-feira uma explicação de 27 páginas sobre por que rejeitaram o desafio de Djokovic.
- O tribunal não considera os méritos ou a sabedoria da decisão. A tarefa do tribunal é decidir sobre a legalidade jurídica da decisão.
Três juízes do Tribunal Federal Australiano revelaram na quinta-feira suas razões para apoiar uma ordem do governo para deportar o tenista Novak Djokovic, explicando que não consideraram os “méritos ou sabedoria da decisão – disse o comunicado.
Na quarta-feira, o nome do número 1 do mundo foi vinculado a uma empresa de biotecnologia dinamarquesa. Segundo a agência de notícias Reuters, o sérvio teria adquirido ações da QuantBioRes, que está pesquisando e desenvolvendo um tratamento médico para combater a Covid-19.
De acordo com Ivan Loncarevic, executivo-chefe da QuantBioRes, Djokovic teria comprado 80% da empresa em junho de 2020. A empresa tem cerca de 11 pesquisadores trabalhando na Dinamarca, na Austrália e na Eslovênia. O CEO enfatizou que a equipe está trabalhando em um tratamento, não em uma vacina.
A empresa estaria desenvolvendo um peptídeo, que inibe o coronavírus de infectar a célula humana, e espera lançar testes clínicos na Grã-Bretanha neste verão.
Procurado, o porta-voz de Djokovic não respondeu nem fez comentários sobre o envolvimento do atleta com a empresa de biotecnologia.