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Pista central da Marginal Tietê é liberada para circulação de veículos
Segundo governo estadual, necessidade de colocação de estacas para conter erosão do solo foi descartada, e via tem condições de segurança para movimentação de carros.
03/02/2022 18h40
Por: Tribuna Popular Fonte: g1
- Agentes da CET liberam pista central da Marginal Tietê na tarde desta quinta-feira (3). — Foto: Reprodução/TV Globo

A pista central da Marginal Tietê foi liberada para a circulação de automóveis às 17h01 desta quinta-feira (3), após a finalização da concretagem da cratera que se abriu no local ao lado de obra do Metrô da Linha 6-Laranja na Zona Norte de São Paulo.


Mais cedo, havia sido descartada a necessidade de colocação de estacas para deter a erosão do solo e por volta das 15h30 teve início a colocação de tapumes no canteiro que divide a pista local da central.


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Já a pista local, a mais afetada pelo acidente, ainda não tem previsão de liberação.


Em nota, a Secretaria de Transportes Metropolitanos e a Sabesp afirmam que a pista central tem condições de segurança para circulação de carros.


"Foi realizada uma análise no local, que demonstrou que foi bem sucedido o trabalho de concretagem da abertura causada pelo acidente ao lado do Poço de Ventilação da Linha-6 Laranja de Metrô e do rompimento da tubulação de esgoto ao lado das obras. Com isso, não será necessária a instalação de estacas para contenção da pista local da Marginal Tietê", diz o texto.


Ainda de acordo com a gestão estadual, serão instalados tapumes para preservar o local, proteger a população, permitir a limpeza do espaço e evitar que a curiosidade de motoristas pelo trabalho das equipes cause lentidão no fluxo de veículos.


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O buraco foi preenchido com 4 mil m³ de concreto, o equivalente a 650 caminhões betoneira.


Foram despejados 12 mil m³ de pedras no poço VSE Aquinos, que corresponde a 1,2 mil caminhões basculantes - a quantidade de concreto utilizada poderia erguer 6 prédios de 16 andares.


Mais de 220 colaboradores da Secretaria, da Sabesp e Linha Uni atuaram na realização desses trabalhos.


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Reparo

A cratera e o túnel de ventilação foram concretados para dar mais sustentação e evitar novos deslizamentos na pista da Marginal Tietê, além de apoiar a tubulação de esgoto rompida para poder efetuar os reparos.


O esgoto de 9 bairros que passava pela tubulação rompida foi transferido para outra rede coletora paralela.


O reparo da tubulação ainda não tem prazo para começar, pois será necessário aguardar o término da concretagem e retirada da água que vazou, e que será feita pelo poço da obra do Metrô que fica do lado contrário da marginal.

20 mil toneladas de concreto

A concretagem do mega buraco começou na madrugada de terça para quarta (2) e cerca de 120 caminhões da empresa se revezaram para transportar cerca de 20 mil toneladas de concreto de sete usinas da Concreserv até o local do acidente, disse Fábio Novaes, presidente da empresa.


Na manhã desta quarta-feira (2), caminhões de pedras também foram registrados na região transportando pedras usadas para a estabilização do buraco. As pedras foram jogadas dentro do buraco, junto com a argamassa.


Segundo Paulo José Galli, secretário de Transportes do estado, os custos extras com o solapamento, como os gastos com rochas e concreto, serão pagos pela Acciona, pois já estão inclusos nos riscos de engenharia. O valor de concessão do contrato não vai aumentar.


Esgoto da região central

No início da semana, o secretário de Transportes afirmou que a liberação da Marginal poderia ocorrer no prazo de até dez dias.


Ele também disse que o esgoto que vazou no poço de ventilação e na cratera será retirado pelo outro fosso localizado no sentido Castello Branco da Marginal, já que a água alagou todo o túnel, que interliga os dois pontos.


“As rochas são colocadas no fosso de ventilação para dar estabilidade ao sistema todo e uma vez dando estabilidade nós vamos fazer a remoção do esgoto através do fosso do outro lado da Marginal Tietê”, explicou Galli.

O tatuzão que estava no túnel no momento do desmoronamento foi danificado e novas peças serão compradas para reformá-lo.


Segundo Galli, os custos extras com o solapamento, como os gastos com rochas e concreto, serão pagos pela Acciona, pois já estão inclusos nos riscos de engenharia. O valor de concessão do contrato não vai aumentar.


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Desmoronamento

O acidente ocorreu na pista local da Marginal Tietê, sentido Rodovia Ayrton Senna, depois da Ponte do Piqueri, na Zona Norte de São Paulo, na manhã de terça-feira (1º).


Uma cratera se abriu na Marginal Tietê após o asfalto ter cedido ao lado da obra do Metrô da Linha 6-Laranja, na Marginal Tietê, na Freguesia do Ó, na Zona Norte de São Paulo.


O desmoronamento ocorreu ao lado de um poço cavado construído entre as futuras estações Santa Marina e Freguesia do Ó. Ao longo da manhã, o buraco aumentou de tamanho.


De acordo com Galli, o vazamento de uma galeria de esgoto causou o acidente. Provavelmente o solo não suportou o peso da galeria, que passava 3 metros acima da máquina conhecida como "tatuzão" e acabou se rompendo.


Ainda de acordo com o Galli, o "tatuzão" não atingiu a tubulação. Ainda não se sabe o que causou o vazamento. O governo investiga as causas.


Inicialmente, o Corpo de Bombeiros informou que um "tatuzão" havia rompido uma adutora, que alagou a galeria. No entanto, o secretário afirma que o equipamento passava três metros abaixo da galeria e não houve choque com a adutora.


O “tatuzão” ficou danificado após o acidente na obra. O equipamento estava a 1,8 metro de distância do local que desmoronou. Para o presidente do Instituto de Engenharia de São Paulo, Paulo Ferreira, a trepidação causada pelo tatuzão é uma das hipóteses para o acidente.


O que se sabe é que o tatuzão seguia no trecho sentido sul, na direção do Rio Tietê, entre as futuras estações Santa Marina e Freguesia do Ó, e estava cerca de 3 metros abaixo do nível da tubulação de esgoto que rompeu e inundou a obra, ao lado do poço de ventilação.


A causa do rompimento da galeria de esgoto ainda é desconhecida e será investigada.


Por conta do acidente, o rodízio municipal de veículos ficará suspenso na cidade de São Paulo até sexta-feira (4).


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