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Condenado por fazer 'churrasco' de mulher vivia tranquilo em Corumbá
Não se preocupando com pena de 21 anos nas costas, Mauro Sampietri morava há mais de um ano na cidade pantaneira e já estava casado novamente
11/02/2022 19h03
Por: Tribuna Popular Fonte: Top Mídia News
- Mauro já havia sido preso e foi solto - Crédito: Reprodução/Ric Mais

Mauro Sampietri, 59 anos, acusado de feminicídio e com uma pena de 21 anos nas costas, vivia seus momentos de tranquilidade em Corumbá, uma das cidades pantaneiras de Mato Grosso do Sul. Ele é o principal responsável pela morte de Claudete Sampietri, 59 anos, que era sua esposa, em Curitiba.


Morando há mais de um ano na cidade, ele residia no bairro Cravo Vermelho III, considerado por muitos um dos lugares da 'parte alta'.


Além de estar vivendo escondido, Sampietri também mantinha outro relacionamento, no qual era casado. Na manhã desta quinta-feira (10), ao buscar justamente sua atual esposa, foi surpreendido pela Polícia Militar.


Na abordagem, em frente a Santa Casa de Corumbá, ele disse ser um cidadão italiano e chamado Domênico.


Porém, a polícia já tinha as informações e características do acusado, além de ter a identificação do modelo do carro e das placas e com todas as informações reunidas. Os policiais deram voz de prisão a Mauro e o conduziram até a 1ª Delegacia de Polícia Civil.


Morte


O caso de Claudete ganhou repercussão ainda em janeiro de 2017, devido às circunstâncias do feminicídio. Segundo as informações do site Ric Mais, a mulher foi vista na hora do almoço do dia 20 daquele mês e depois a família não teve mais notícias.


Mauro afirmou que levou uma marmita para o filho mais novo do casal e, quando retornou, a esposa não estava mais em casa. 


Houve registro de desaparecimento DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), e três dias após a procura da delegacia, um tronco em chamas foi encontrado ao lado de uma quadra de esportes, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.


Quase dois meses depois, exames, realizados pelo Instituto Médico Legal (IML), confirmaram que se tratava de Claudete. Mauro foi preso no mesmo dia e sempre negou o crime.


Segundo a investigação, ele matou, esquartejou e ainda queimou partes do corpo da mulher na churrasqueira de casa.


Julgamento


Mauro passou dois dias em pleno julgamento, enquanto houve quase um dia de depoimentos e debates. O acusado foi ouvido por horas e, em um dos momentos do seu depoimento, chorou, informou o site Ric Mais. A defesa afirmou que não haviam provas circunstâncias para condenação, porém, não foi esse o entendimento do júri. 


Para o MPPR (Ministério Público do Paraná) e os assistentes de acusação, Sampietri era um assassino frio e calculista.


No júri popular, composto por cinco mulheres e dois homens, nos quais ouviram 12 testemunhas e o veredito da Justiça apontou para uma pena de 21 anos e quatro meses em regime fechado.