Precursores do sertanejo universitário, João Bosco e Vinícius acumulam 20 anos de uma carreira que começou em Mato Grosso do Sul e ganhou o cenário nacional.
Tanto tempo na estrada traz a experiência necessária para compreender as mudanças no estilo. Apesar de defenderem que o sertanejo universitário não perdeu espaço nos últimos anos, João Bosco e Vinícius observam que houve uma mudança inevitável no estilo. “Nestes 10 anos, houve uma grande mudança no estilo. Chamamos de evolução. Vieram neste período as mulheres, que chegaram com tudo, estão aí até hoje e vão continuar com um espaço que conquistaram, mostrando todo o empoderamento delas. Tivemos também o movimento da sofrência”, explica a dupla, em entrevista concedida por e-mail ao Correio do Estado.
A relação próxima do sertanejo com outros gêneros musicais é vista com bons olhos pela dupla. “Outros estilos apareceram com força, mas não vejo que o sertanejo tenha perdido espaço, ao contrário, quem curte o funk em um festival curte o sertanejo, o pop, dá para ver isso nos grandes eventos, existe uma mistura. A música popular sertaneja se abriu mais”, acredita.
DVD
Para o ano de 2020, a dupla preparou a continuação do lançamento do novo DVD, gravado ao vivo em Goiânia. O projeto teve sua divulgação iniciada em dezembro do ano passado, com singles que estão entrando nas plataformas de áudio e vídeo mensalmente. “Primeiro, nós começamos a ouvir o repertório, recebemos muitas músicas e as que tocassem a gente de uma maneira diferente já estariam na pré-seleção. Depois da pré-seleção, veio a parte da escolha mesmo. Nos emocionamos muito e escolhemos aquelas que a gente achava que o público se identificaria mais. A escolha do Ivan Myiazato na produção foi por conta de admirarmos o trabalho dele mesmo. Foram alguns dias de preparo com ele, nossa produção e nós”, pontuam.
No caminho da divulgação do novo trabalho, aconteceu a pandemia do novo coronavírus, um desafio que a dupla, apesar do tempo de estrada, nunca havia enfrentado. “Certamente, a gente não estava preparado para isso. Tem sido um trabalho totalmente on-line, colocamos todas as nossas forças na internet. O desavio é não ver a resposta do público nos shows, aquele calor é o nosso termômetro, hoje temos usado nossas plataformas digitais para saber o alcance desse trabalho, tem sido muito positivo, graças a Deus”, acreditam.
Com os shows cancelados por conta das restrições de shows em razão da Covid-19, a dupla deixou a visita a Campo Grande para o futuro. “É a nossa casa e vamos fazer um show assim que tudo isso passar”, prometem.
*Correio do Estado
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