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Força-tarefa prende 6 em operação contra agentes de segurança aliados da maior milícia do RJ; delegada é investigada
Investigadores afirmam que os procurados forneciam informações sigilosas sobre operações específicas e até escoltavam, com viaturas oficiais, foragidos da Justiça.
20/05/2022 09h33
Por: Tribuna Popular Fonte: g1
- Dinheiro e armas apreendidas na casa de um agente penitenciário — Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil do RJ, a Corregedoria da PM e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam na manhã desta sexta-feira (20) seis pessoas na Operação Heron, contra agentes públicos aliados da maior milícia em atividade no estado. Entre os alvos, estão três policiais militares, seis agentes penitenciários e uma delegada.


Na casa de um dos policiais penais, a força-tarefa apreendeu dinheiro e armas.

Investigadores afirmam que os procurados forneciam informações sigilosas sobre operações específicas contra grupos rivais, facilitavam a movimentação dos “bondes” — comboios para atividades criminosas — e até escoltavam, com viaturas oficiais, foragidos da Justiça.


Policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e agentes do MPRJ saíram para cumprir, no total, 10 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão.


Os alvos

A polícia investiga ainda se a delegada Ana Lúcia da Costa Barros, mulher de Gue, acessou o próprio banco de dados para ajudar a quadrilha. Ela foi alvo de busca e apreensão.


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Tropa do Zinho

De acordo com a especializada, os servidores tinham contato direto com homens de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão e um dos sucessores de Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto pela polícia em junho do ano passado.


Zinho é foragido da Justiça e hoje explora toda a Zona Oeste do Rio.


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A investigação começou com apreensão de um telefone celular, realizada durante uma ação em 27 de abril de 2021, na casa de Francisco Anderson da Silva Costa, o Garça.


Garça era um dos principais homens de confiança de Ecko e, segundo a polícia, era responsável pela gestão dos valores da quadrilha — tanto os provenientes das extorsões e taxas, quanto o pagamento de propina a agentes de segurança.


Na ação de um ano atrás, o miliciano conseguiu fugir, mas deixou o aparelho — com o qual a polícia obteve detalhes do grupo paramilitar.


Setores de inteligência acreditam que Garça tenha sido morto a mando de Ecko, em virtude de uma divergência na quadrilha. Ele tinha um mandado de prisão nesta sexta.


A ação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados, da Corregedoria Interna da Polícia Militar e da Contrainteligência da polícia.


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