O mês de outubro encerrou com chuvas na média esperada em Mato Grosso do Sul, de acordo com a análise do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima). As chuvas foram favorecidas por avanço de frentes frias e descolamento de cavados da Amazônia e Paraguai.
Na precipitação observada, as chuvas ficam de 50 a 150 mm em grande parte do Estado, o que representa de 60 a 120% do esperado para o período. A região extremo sul registrou de 150 a 300 mm de volume, aumentando o índice para 100 a 120% da média.
Há variação de acumulados na análise é por município. Mundo Novo registrou 308,8 mm no acumulado mensal, o que representa 78,7% acima da média histórica. Por outro lado, o município de Paranaíba teve 63,6 mm de acumulado de precipitação, representando 49,9% abaixo da média histórica. .
Campo Grande registrou precipitação acumulada mensal de 137,8 mm, aproximadamente 7% abaixo da chuva histórica. Dos 30 municípios analisados, 13 tiveram chuvas acima da média histórica e 17 municípios tiveram chuvas abaixo da média histórica.
Secas
O mês também registrou recordes na queda de temperatura, baixa umidade do ar e rajadas de vento. Se destaca Caarapó que teve a menor temperatura do mês, registrando 12,6°C no dia 31.
Corumbá foi a cidade que mais teve calor, atingindo os 38°C no dia 26. Já a menor umidade relativa do ar registrada foi de 20% em Itaporã e Três Lagoas no dia 25. A maior rajada de vento foi 86,0 km/h no município de Corumbá no dia 6.
O índice de secas do Cemtec mostra que, comparado ao mês passado, houve uma desintensificação das condições no Estado. Pela análise das figuras, é observado que a intensidade na categoria úmida é reduzida na região centro-sul. As regiões mais críticas seguem sendo as regiões pantaneira, bolsão e sudoeste.
Próximos meses
Nos próximos três meses, a média histórica de precipitação varia de 500 a 700 mm em grande parte de MS. Já nas regiões do Cone-sul (Iguatemi), Sul-Fronteira (Ponta Porã), Pantanal (Corumbá) e Sudoeste (Porto Murtinho) as chuvas variam entre 400 a 500 mm.
A previsão probabilística indica que as chuvas ficarão entre 40 e 50% abaixo da média climatológica para novembro, dezembro e janeiro, no extremo sul. Já na região pantaneira, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), as chuvas podem ficar de 40 a 50% abaixo da média climatológica.
Por fim, é esperado que no norte, bolsão e sul do estado indica que as chuvas ficarão 35-60% acima da média.