O prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues, denunciou, nesta sexta-feira (30), ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) a poluição causada por uma propriedade que fica próxima ao Rio Formoso, o principal rio da cidade e que faz parte de diversos circuitos e atrações turísticas da cidade.
De acordo com Josmail, a poluição teria sido causada por um empresário dono de uma rede de postos de combustíveis em Andradina (SP). De acordo com as denúncias de moradores da região, ele estaria fazendo um açude para criação de tilápias.
Ainda segundo o Chefe do Executivo, esta represa teria comportas que escoam a água para dentro do rio, o deixando poluído. O problema acontece justamente às vésperas do Ano Novo, quando a cidade está repleta de turistas, que buscam em Bonito opções de lazer que agreguem o contato com a natureza.
“A área fica para baixo de uma fazenda que já tem várias denúncias contra o dono e, nesta parte do rio, a água está turva”, afirmou o prefeito, dizendo que há outras partes do rio em que a água continua com o aspecto límpido.
O prefeito também pediu ajuda aos moradores que possuem propriedades no entorno do rio para que também denunciem o caso para o Ministério Público.
“Estou precisando da colaboração de todos para denunciar esta situação porque se a gente descuidar podemos perder o rio”, declarou em áudio enviado por aplicativo de mensagens.
O Formoso é conhecido por suas águas calcárias e cristalinas que chamam atenção de turistas de todas as partes do país, que buscam o local por ter aspecto de áquario natural, onde é possível ver diversas espécies de peixes e outros animais que vivem no rio.
No entanto, em imagens enviadas ao Correio do Estado é possível perceber que a situação, neste momento, é bem diferente. Agora, as águas estão escuras e esverdeadas, sendo que não é mais possível ver qualquer coisa além da superfície do rio.
A reportagem entrou em contato com a Secretária de Meio Ambiente de Bonito, que afirmou que não vai se pronunciar até que as investigações sobre a origem da poluição sejam concluídas e as causas alegadas sejam confirmadas.
O Correio do Estado também entrou em contato com o Imasul e com o empresário que supostamente seria proprietário da criação de peixes, mas não obteve retorno de ambos.