Ministro da Justiça na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-secretário de segurança do Distrito Federal Anderson Torres foi preso na manhã deste sábado (14) pela Polícia Federal. A prisão ocorreu logo após seu desembarque no aeroporto de Brasília quando chegava de Miami, nos Estados Unidos.
A determinação partiu do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, na última terça-feira (10), por conivência aos atos antidemocráticos ocorridos na Capital Federal domingo passado. Ele deve ser encaminhado para o presídio da Papuda.
Torres assumiu o comando da Secretaria de Segurança no dia 2 de janeiro e viajou para os Estados Unidos cinco dias depois, portanto não estava no Brasil quando os prédios do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto foram depredados por bolsonaristas.
No entanto, acabou exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), horas depois do início do ataque. O emedebista, por sua vez, foi afastado do cargo por 90 dias a pedido de Moraes.
Posteriormente, durante cumprimento de busca e apreensão na casa de Torres, a polícia encontrou dentre outros documentos, proposta de decreto assinado por Bolsonaro determinando instauração de estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com intuito de reverter o resultado das urnas em outubro passado. A medida, porém, seria inconstitucional.
Reação – Torres, logo após decretação da prisão, publicou nas redes sociais que voltaria ao Brasil para se entregar à Justiça. "Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na Justiça brasileira e na força das instituições. Estou certo de que a verdade prevalecerá", escreveu.