A educação midiática é uma das formas de impedir a propagação de informações falsas, de acordo com a presidente-executiva do Instituto Palavra Aberta Patrícia Blanco.

A organização é responsável pelo EducaMídia, um programa criado para capacitar professores e avançar no processo dessa modalidade de ensino para os jovens.

À CNN Rádio, ela explicou que a educação midiática é “um conjunto de habilidades que ensina o cidadão,  e alunos de qualquer idade, a analisar acessar, produzir e participar criticamente do ambiente informacional.”

A especialista lembra que, hoje em dia, devido à tecnologia, “passamos a ser, além de consumidores de notícias, produtores de conteúdo.”

Isso porque podemos curtir, compartilhar qualquer postagem na internet.

Com as competências que a educação midiática traz, o cidadão pode “participar ativamente e com responsabilidade deste ambiente conectado.”

A modalidade de ensino não consta na Base Nacional Comum Curricular, mas, dentro dela, é possível abordá-la em disciplinas como cultura digital e linguagem.

“É importante ensinar o que é uma informação, saber separar fatos de opinião e fatos de ficção.”

Patrícia destacou que a educação midiática é “um processo de longo prazo, mas que precisa ser iniciado agora, já que é necessário formar uma geração que desenvolva esse olhar crítico.”

Segundo ela, já há exemplos positivos da inclusão dos currículos, como no estado de São Paulo.

“2,5 milhões de alunos tiveram acesso ao conteúdo desenvolvido pelo EducaMídia em parceria com a secretaria estadual de Educação.”

Entre os pontos, estão a leitura crítica de imagem, como fazer uma pesquisa eficiente em buscadores, como analisar os resultados de buscas e como avaliar o objetivo da informação que chega até o cidadão, seja por qual meio for.

*Com produção de Bruna Sales