Papito Schupp, como era conhecido o produtor rural Henrique Vergílio Schupp, 94 e a mulher Hilda Aguillera Shupp, 76, foram achados mortos a tiros na madrugada desta quarta-feira (26), em casa, parte central de Porto Murtinho, cidade distante 438 quilômetros de Campo Grande.
As mortes surpreenderam os moradores da cidade de cerca de 16 mil habitantes, situada na região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. O rio Paraguai separa o município sul-mato-grossense do território vizinho.
Papito e Hilda eram pessoas de família tradicional e das mais conhecidas da cidade, tinham três filhos - 2 filhas e um filho. Só um dos filhos morava na cidade, mas noutro imóvel, não com os pais.
Papito e Hilda eram ricas e bem-sucedidas no município: amigos disseram que eles eram donos de fazendas em Porto Murtinho, Caracol e ainda arrendava propriedades rurais em outras regiões de MS, além de criar em torno de 8 mil cabeças de gado.
Peritos ainda analisam o local do crime. Embora ainda extraoficialmente, a questão estaria sendo tratada como feminicídio seguido de suicídio.
O corpo de Hilda foi achado no quarto da casa, em cima da cama, com marcas de dois tiros. Já Papito Schupp estava caído num dos corredores do imóvel. Ao seu lado, os policiais notaram uma pistola de calibre 357.
O Correio do Estado tentou conversar com Eudenir Soares de Souza, delegado da Polícia Civil da cidade desde julho do ano passado, mas ele acompanhava a perícia realizada na casa do casal Schupp.
Ainda de acordo com um dos amigos da família, Papito era lúcido, caminhava pelas ruas e não aparentava problemas de saúde.