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Filha de Bolsonaro teria dados de vacinação alterados nos sistemas da Saúde, diz fonte da PF à CNN
PF realiza, nesta quarta-feira (3), mandado de busca e apreensão em endereço ligado a Bolsonaro, em Brasília, em operação que investiga inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde
03/05/2023 09h03
Por: Tribuna Popular Fonte: CNN Brasil
Reprodução/Twitter - O presidente Jair Bolsonaro com sua filha mais nova, Laura (12), fruto do relacionamento com a primeira-dama Michelle Bolsonaro

Uma fonte da Polícia Federal (PF) informou à CNN que a filha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Laura, teve seus dados de vacinação contra Covid-19 alterados nos sistemas do Ministério da Saúde.


A PF realiza, nesta quarta-feira (3), mandado de busca e apreensão em endereço ligado a Bolsonaro, em Brasília, em uma operação que investiga inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde (sistemas SI-PNI e RNDS).


Os policiais também prenderam o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid, além do ex-assessores de Bolsonaro, Max Guilherme e Sérgio Cordeiro.


CNN apurou que a filha e a esposa de Mauro Cid também estão envolvidas na investigação da PF, porque teriam tido seus dados de vacinação adulterados também.


Em nota à CNN, o advogado do tenente-coronel Mauro Cid afirmou: “Ainda não tivemos acesso ao inquérito, que é físico e sigiloso. Vamos declarar assim que obtivermos a cópia dos autos.”


Os mandados são cumpridos no âmbito do inquérito das milícias digitais, do STF (Supremo Tribunal Federal).


A investigação da PF aponta que o objetivo do grupo “seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.


São cumpridos, no total, 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro, além de “análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos”, informou a PF.


“As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários”, explicou a PF em nota.


“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19”, acrescentou.


Os fatos investigados configuram os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.


Publicado por Léo Lopes, com informações de Gustavo Uribe, da CNN