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Veja seis dicas para viajar sem sair de Mato Grosso do Sul
24/05/2023 09h21
Por: Tribuna Popular Fonte: Campo Grande News
- O atrativo no município de Jardim é uma área de conservação classificada como Reserva Particular do Patrimônio Natural Buraco das Araras, considerada a maior dolina da América Latina com 500m de diâmetro e 127m de profundidade – Foto: Reprodução

Já sabe para onde vai no feriadão de Corpus Christi? Celebrado pelos católicos desde o ano de 1264, sempre na quinta-feira seguinte ao domingo da Santíssima Trindade, está listado no calendário como ponto facultativo (quando dispensa a obrigatoriedade de funcionamento de órgãos públicos, por exemplo), mas no Brasil acaba virando um feriado prolongado de quatro dias ao emendar com a sexta-feira, o sábado e o domingo.


Vai cair no dia 8 de junho, quinta-feira, ou seja, uma ótima oportunidade para viajar sozinho, com amigos ou em família. Se você pretende aproveitar para fazer uma viagem nem que seja para mudar de ares, e ainda não sabe para onde ir, listamos seis destinos sul-mato-grossenses para ajudar na sua escolha. Assim, nem precisará sair de Mato Grosso do Sul para curtir o folgão de Corpus Christi.


1 – AQUIDAUANA - Para quem segue na rodovia BR-262 a partir de Campo Grande (140 km), a cidade de Aquidauana é a primeira escala de um roteiro pela região do Pantanal que também inclui Miranda e Corumbá. São 74 km entre Aquidauana e Miranda, depois mais 191 km até Corumbá.


O cartão de visita é o Pantanal, mas Aquidauana apresenta uma grande variedade de atrações turísticas, como as belezas naturais da Serra de Maracaju, um conjunto de montanhas que divide o Estado de Mato Grosso do Sul. A leste tem os campos de cerrado e a oeste a planície pantaneira, com cachoeiras, cavernas e até praias de areia branca às margens do Rio Aquidauana. A lista de destinos em Aquidauana inclui o Morro do Paxixi, Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, Parque da Lagoa Comprida, Museu Marechal José Machado Lopes, Piraputanga, Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição e Ponte Roldão Carlos de Oliveira.


2 – JARDIM - Distante 237 km de Campo Grande pela rodovia BR-060, Jardim é um importante destino de ecoturismo em Mato Grosso do Sul. É um dos municípios membros do Parque Nacional da Serra da Bodoquena junto com Bonito, Bodoquena e Guia Lopes da Laguna. O Buraco das Araras e a Lagoa Misteriosa são os principais atrativos do lugar.


Localizado na Fazenda Alegria, distante 28 km em relação ao centro da cidade, o Buraco das Araras é refúgio de vida silvestre criado pela própria natureza.  Já a Lagoa Misteriosa, um dos atrativos turísticos mais procurados na região da Serra da Bodoquena. Com profundidade desconhecida, a lagoa tem 30 metros de largura e 60 de cumprimento.  Partindo de Campo Grande, são dois caminhos que levam você até a cidade de Jardim: Via Aquidauana (280 km pela BR-262) ou via Sidrolândia (233 km pela BR-060).


3 – PONTA PORÃ - A mais famosa fronteira sul-mato-grossense com o Paraguai é uma sugestão, caso você tenha a intenção de aproveitar o feriado emendado com o fim de semana para visitar pontos turísticos ou fazer compras de produtos importados em Ponta Porã, no lado brasileiro, e Pedro Juan Caballero, no lado paraguaio. Partindo de Campo Grande são 342 km pela BR-163 e BR-463.


As dicas de atrativos em Ponta Porã incluem o prédio do 11º Regimento de Cavalaria Mecanizada, construído em 1941, a antiga Estação Ferroviária, inaugurada entre as década de 1940 e 1950, o Museu da Erva Mate, que mostra o ciclo da erva mate na região fronteiriça com fotos de época, objetos antigos e acervo bibliográfico, o Marco Grande, construído a partir do Tratado de 1872 no trevo da saída para o município de Antônio João, que delimita a nossa fronteira de 1.365 km de extensão, e o Castelinho, uma construção da década de 1920.


Se tiver tempo vale uma esticada até o outro lado da fronteira para visitar Pedro Juan Caballero. A atração é o turismo histórico e de aventura, como as belezas naturais do Parque Nacional Cerro Corá, a 35 km de Ponta Porã. Criado em 1976, o parque não é só uma reserva natural, é também uma referencia cultural histórica por ter sido palco da última batalha da Guerra do Paraguai em 1º de março de 1870, além das suas cavernas com pinturas rupestres pré-colombianas.


4 – BODOQUENA - É um dos municípios que fazem parte da unidade de conservação Parque Nacional da Serra da Bodoquena, criada em 2000 pelo Governo Federal com área de 78 mil hectares, que envolve também os municípios de Bonito, Jardim e Guia Lopes da Laguna. Só a contemplação ao parque e sua imensa diversidade de aves e mamíferos já faz valer a pena, mas Bodoquena é famosa pela grande quantidade de cachoeiras abertas à visitação.


Vale lembrar também que visitar as cachoeiras da trilha exige não só disposição e espírito de aventura, mas uma boa condição física. Por exemplo, a escada de acesso a trilha tem 886 degraus, considerada uma obra de arte da engenharia moderna que levou 8 meses para ficar pronta. A trilha tem a Cachoeira Boca da Onça, Cachoeira Buraco do Macaco, Cachoeira Garganta da Arara, Cachoeira Poço da Lontra, Cachoeira do Fantasma e o Córrego Azul, que não é cachoeira nem cascata, mas um lugar de águas cristalinas que virou ponto de flutuação e mergulho, distante 21 km do centro de Bodoquena.


5 – CORUMBÁ - É a principal cidade da região do Pantanal e tem sua estrutura turística baseada nas belezas naturais e biodiversidade de fauna e flora da maior planície alagada do mundo. Mas se você não é adepto do turismo da pesca nem é do tipo que curte se aventurar pela natureza selvagem, na área urbana há uma grande variedade de opções para aproveitar o feriado.


Há uma extensa lista de lugares que contam a história da cidade e do País, como o Casario do Porto, o Museu Histórico do Pantanal e duas fortalezas que foram fundamentais para a defesa do Brasil na Guerra do Paraguai e outras disputas territoriais da época, o Forte Coimbra e o Forte Junqueira. Se tiver tempo é possível até uma esticada para as compras no lado boliviano. Corumbá está a 426 km de Campo Grande e a 12,5 km de Puerto Quijarro, na Bolívia.


6 – BONITO – É o principal destino sul-mato-grossense de ecoturismo. Não por acaso já bateu este ano o seu próprio recorde de visitantes com o fluxo de 26.857 turistas registrado no mês de abril, segundo dados divulgados esta semana pela Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul. Opções de atrativos não faltam, desde rios de águas transparentes, verdadeiros aquários, cachoeiras, grutas, a mais famosa delas, a Gruta do Lago Azul, trilhas para passeio a cavalo, dolinas, cavernas e cachoeiras.


A Gruta do Lago Azul, a 20 km em relação ao centro de Bonito, é uma marca do ecoturismo brasileiro. O lugar é encantador não apenas pela beleza, mas também por sua história como fonte de descoberta de fósseis de animais extintos há milhões de anos. São 200 metros de trilha até a entrada da caverna, de onde começa a descida por uma escadaria íngreme de acesso ao lago de águas azuis. São 150 metros de escada com paradas para fotos, e chegando lá a permanência é de apenas 10 minutos com retorno pelo mesmo caminho.